O titular da Promotoria Regional do Meio Ambiente, Daniel Martini, informou, na tarde desta sexta-feira, que o resultado da análise da Corsan nas águas do rio do Sinos confirmou que a falta de oxigênio foi a principal causa da mortandade de 16 toneladas de peixes, em dezembro do ano passado. Conforme Martini, o descarte de esgoto doméstico nas águas é o causador da redução de oxigênio. O resultado da análise das amostras foi entregue ontem ao Ministério Público (MP). No início da semana, Martini já havia revelado à Rádio Guaíba que nos animais mortos foram encontrados cromo e cobre, elementos que também contribuiram para a mortandade.
O promotor confirmou que os dois produtos químicos costumam ser usados no tratamento de couro, mas não adiantou que empresa despejou indevidamente o material no Sinos. Os laudos técnicos apontaram que os danos no fígado dos animais foram causados pelo cromo e pelo cobre.
Dezenas de indústrias tiveram as emissões de efluentes fiscalizadas durante dezembro e o início deste ano. Martini promoveu um Termo de Ajustamento de Conduta com duas empresas de Igrejinha que estavam com os índices em desacordo com a legislação ambiental. Ele prefere não identificar quais foram as unidades.
Samuel Vettori / Rádio Guaíba