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A cerimônia de despedida começou por volta das 9h, restrita a familiares e amigos íntimos. Pouco depois das 10h, foi aberta para o público geral, que foi crescendo ao longo do dia. Muitas coroas de flores, posicionadas junto a escadaria do Piratini, davam um pouco da demonstração do carinho pelo tradicionalista. Vestidos de prenda e bombachas se destacaram na vestimenta daqueles que chegavam, muitos inconsoláveis. Os atos de despedida no Piratini seguirão até as 17h, quando deverá haver um cortejo até o cemitério São Miguel e Almas.
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Em nome da família, coube ao filho Carlos Côrtes fazer a manifestação de agradecimento. “Findou o tempo do meu pai, mas não findou o tempo do trabalho do Paixão Côrtes. Acho que pelo reconhecimento e pelas homenagens que estão sendo feitas, o trabalho deve ser pesquisado, deve ser conhecido para que as pessoas possam entender como se fez a identidade do gaúcho”, resumiu ele.
Ainda sobre este aspecto, Carlos lembrou as contribuições do pai e de Barbosa Lessa aos gaúchos. “Se hoje uma criança dançando o pezinho é graças a ele e Barbosa Lessa que puderam resgatar através das danças o orgulho de ser gaúcho e uma coisa que aprendi com meu pai, é a valorização do homem simples do campo. Da simplicidade, quando era considerado grossura, ele via cultura. E hoje as pessoas estão reconhecendo essa cultura”, destacou.
Mauren Xavier