A defesa da lotérica Esquina da Sorte, de Novo Hamburgo, recorreu, nesta semana, da decisão da Caixa Econômica Federal (CEF) de cassar a licença para funcionamento como credenciada do banco. A CEF vai responder, em dez dias, o pedido. O descredenciamento ocorreu após um grupo de apostadores da cidade ter acertado as seis dezenas da Mega-Sena, no mês passado, através de um bolão, mas não ter faturado o prêmio de mais de R$ 53 milhoes por um suposto erro de uma funcionária. O caso é investigado pelo Ministério Público Federal (MPF) e a Políca Civil, que não descartou reponsabilizar a lotérica pelo crime de estelionato.
Após o episódio, a Caixa passou a alertar que a comercialização de bolões prontos é proibida. Em nota divulgada nesta terça-feira, o banco informou que a fiscalização foi reforçada e que as casas lotéricas onde o tipo de aposta é oferecido podem sofrer sanções administrativas. Até fevereiro, a Caixa informava que possuia 18 consultores para fiscalizar cerca de 690 agências no Rio Grande do Sul. O MPF também investiga se houve omissão do banco ao supostamente omitir-se à venda de bolões.
Estêvão Pires/Rádio Guaíba