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Especial

Mãe acaricia foto do filho morto na boate Kiss na entrada do Foro Central em Porto Alegre

Elizette Andreatta disse que espera que a justiça seja feita pelo Poder Judiciário

| Foto: André Malinoski

O casal Elizette e Darci Andreatta chegou da cidade de Joia, distante cerca de 432 quilômetros de Porto Alegre, para acompanhar o julgamento ontem. O filho Ariel Andreatta morreu no incêndio da Boate Kiss, há quase nove anos, em Santa Maria. Emocionada, a mãe acariciou por vários minutos a foto do filho, no banner com os rostos e os nomes das 242 vítimas afixado no portão do Foro Central. 

“Faz nove anos que não abraço meu filho. Também somos vítimas”, desabafa a mãe, muito abalada. “Estamos chegando hoje para o julgamento. Não pudemos estar aqui nos dois primeiros dias. Esperamos que seja feita justiça pelo Poder Judiciário. Está tudo nas mãos dos jurados”, afirmou o pai. 

Outros pais estavam igualmente emocionados. Marinês dos Santos Barcellos, que perdeu o filho Roger, então com 22 anos, chorou muito na chegada ao Foro. “Dói muito ver os vídeos aqui. Não tinha mãe que não chorava”, relata a mãe, que prometeu ficar na Capital até o fim do julgamento. “Quando eu cheguei na Boate Kiss, na madrugada do incêndio, parecia um filme de terror. Foi horrível”, diz Marinês, que tatuou o nome do único filho no braço direito e vestia uma camiseta branca com a foto da vítima. “Cada um tem a sua culpa. Tinha mais gente que deveria estar sendo julgada”, conclui.

Mural com fotos das vítimas foi instalado em frente ao Foro Central, em Porto Alegre / Foto: Ricardo Giusti 

André Malinoski