Das 88 bombas existentes, apenas 42 estão em funcionamento. Além disso, um dos equipamentos principais, localizado na Casa de Bombas (CB) Silvio Brum, na zona Norte, apresentou problemas ontem e foi um dos fatores que influenciaram no alagamento ainda mais crítico na região. A avenida Sertório, que apresenta um problema crônico, ficou alagada durante toda a quinta-feira, mesmo após a trégua da chuva.
O problema na única bomba que estava em funcionamento, das 7 existentes na Casa de Bombas Silvio Brum, foi a queima do rotor e, conforme Rosário, as equipes de manutenção foram prontamente acionadas e trabalharam no local para solucionar o problema. “O poder público tem uma dívida histórica com a drenagem urbana, isso há décadas, por falta de investimento. Houve impermeabilização do solo e não teve uma contrapartida. Fora a questão do saneamento. Metade das residências da cidade ainda possui esgoto misto e isto causa efeito nas redes pluviais, como corrosões”, explicou Rosário.
Segundo ele, a cidade tem que buscar se preparar para as chuvas. “Temos um déficit de drenagem gigantesco. Estamos trabalhando para melhorar isso”, ressaltou. No final da próxima semana, a reforma de uma bomba da CB Silvio Brum deve ser finalizada. Desta forma, duas das 7 bombas estarão em atividade. O alagamento generalizado em Porto Alegre, de acordo com Rosário, ocorreu principalmente por conta do padrão da chuva. Em cerca de 10 horas, o volume de chuva em diversos bairros da cidade superaram a média histórica de dezembro.
“Os locais com maior concentração de água fogem do padrão das últimas chuvas. Os maiores problemas foram os arroios”, explicou. Rosário destacou ainda que, o Arroio Areia, que passa por 14 bairros das zonas Norte e Noroeste da Capital, passará por obras de drenagem custeadas com recursos federais a partir do próximo semestre.
As intervenções devem ultrapassar o valor de R$ 100 milhões e, segundo o secretário, devem levar melhorias para as regiões, que incluem as avenidas Sertório, Assis Brasil, Plínio Brasil Milano e Visconde de Pelotas, entre outras. Cerca de 7 mil metros de galerias pluviais devem ser implantados e pelo menos sete reservatórios para a contenção de água das chuvas.
Jessica Hübler