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Mais de cem cães podem ficar na rua em Alvorada

Ônibus com animais foi estacionado dentro pátio da Associação dos Moradores da Vila Formosa

Diretoria da entidade deu prazo para ele sair até sábado | Foto: André Ávila
Os mais de cem cachorros de um morador de Alvorada que passou a recolher animais na chuva podem ficar na rua. Por causa da enchente, José Damião dos Santos, 48 anos, estacionou um ônibus dentro do pátio da Associação dos Moradores da Vila Formosa (Amovifo) e levou os animais. Porém, a diretoria da entidade deu prazo para ele sair até sábado.

O problema é que o carregador autônomo não tem para onde levar os cães, porque a casa onde mora, no bairro Americana, ainda está cheia d’água, assim como o terreno da prefeitura, onde ele criava os cachorros. “Eu tinha 140. Quando começou o alagamento, tive que abrir as porteiras. Sobraram uns 90”, disse. Além dos 90 cachorros dele, outros 30 que tentavam fugir da inundação foram recolhidos e levados à associação no bairro Formosa.

No local, ficaram 120 cães, mas a população não para de deixar filhotes e animais doentes no local. Quando a história veio a público, a comunidade se mobilizou e doou ração, além de outros mantimentos. Uma campanha foi realizada e aproximadamente 40 animais foram adotados.

Nesta sexta-feira, Santos buscava ferramentas para arrumar o ônibus e retirar o veículo de dentro da entidade. “A princípio não tenho lugar para onde ir. Terei que retornar para o lugar da onde saí”, afirmou ele, lembrando que a casa ainda estava com água e lodo.

O terreno da prefeitura que ele cercou e criava os cães até então também está alagado. Além disso, ele recebeu uma ordem para desocupar a área. O homem se dedica aos cachorros há, no mínimo, 15 anos. “Vivo em função deles”, observou. Toda a família se envolve. O filho Filipe Tonhin, 20 anos, cuidava dos cachorros nessa quinta-feira enquanto o pai se virava para encontrar um lugar para ir.

O assunto causa polêmica, porque existe uma creche ao lado do terreno da associação. A diretora Maria Nice Almeida da Cunha afirma que a situação coloca em risco os 105 alunos. Pelo menos 20 deles são bebês. “Não tenho nada contra cachorros, mas é necessário um local adequado para colocá-los”, declarou, lembrando que o cheiro é forte e também há muita sujeira. Próximo ao local também há uma unidade de saúde.

Karina Reif