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Marchezan reforça que "Carris não é viável" e que precisa privatizar ou licitar linhas

Prefeito calculou prejuízo aos cofres públicos em R$ 50 milhões

Prefeito calculou prejuízo aos cofres públicos em R$ 50 milhões | Foto: Mauro Schaefer / CP Memória
O prefeito Nelson Marchezan Júnior declarou, na tarde desta quinta-feira à Rádio Guaíba, que a empresa Carris “não é mais viável”, e que num prazo ainda incerto o projeto para privatização ou licitação das linhas da empresa vai ser levado para o Legislativo. Ele voltou a afirmar que o prejuízo gira em torno de R$ 50 milhões ao ano, que saem dos cofres públicos para custear esse serviço. “Tudo na Carris demanda licitação, então não podemos comprar peças de manutenção em grande quantidade, não podemos trocar os ônibus por outros com a própria empresa. Tudo isso gera prejuízo, um prejuízo muito grande”, falou o prefeito.

O chefe do Executivo porto-alegrense acrescentou que ainda não há um prazo para o encaminhamento dos projetos referentes à Carris à Câmara de Vereadores, mas reafirmou não acreditar que a população queira pagar “R$ 50 milhões para manter um serviço inviável.” Quando assumiu a Prefeitura, Marchezan deu prazo de um ano para a empresa pública apresentar resultados, mas os números seguiram decaindo. “A Carris não consegue competir, é impossível o setor público competir com o setor privado”, decretou.

Carris sofre com problemas internos

Escolhido através do banco de talentos da prefeitura, Luís Fernando Ferreira ficou três semanas à frente da Carris quando do início do mandato de Marchezan. Foi substituído por Helen Machado, que assumiu em abril. Na sequência, em junho, a procuradora-geral Jaqueline Simões pediu o desligamento após 161 dias no cargo. No começo de agosto, o Ministério Público de Contas (MPC) solicitou auditoria na empresa a pedido dos servidores, que alegaram sucateamento da frota, suspensão de linhas e condições precárias de trabalho.

Já com as contas no vermelho, a Carris ainda precisa lidar com uma conta salgada. A empresa vai pagar R$ 9,1 milhões à Associação dos Transportadores de Passageiros de Porto Alegre (ATP) por rodar menos quilometragem, em 2016, do que o estabelecido no edital de licitação do transporte público de Porto Alegre. O pagamento vai ser feito em sete vezes, mensalmente, à Câmara de Compensação Tarifária da Capital.

No final de agosto, ocorreu o repasse da primeira parcela, no valor de R$ 1,3 milhão. Conforme a ATP, a Companhia ficou devendo cerca de 1,4 milhão de quilômetros.

Ananda Muller / Rádio Guaíba