Os escolhidos estavam entre 200 mil candidatos de 140 países, que se inscreveram para fazer parte da primeira onda de colonização do Planeta Vermelho. No total, 1.058 candidatos passaram à segunda fase da seleção. "O desafio era separar os que pensamos ser capazes - mental e fisicamente - para a missão de embaixadores humanos em Marte dos que não levam o desafio a sério", definiu Bas Lansdorp, fundador e presidente da Mars One.
A Mars One vai selecionar agora, em várias fases, os 24 colonos que devem viajar a Marte em seis grupos de quatro pessoas. O detalhe "complicado" da expedição é que os colonos jamais poderão regressar à Terra. O projeto prevê passagem apenas de ida e que os exploradores vivam em pequenos habitats planejados para armazenar águas, produzir oxigênio. Eles terão de encontrar fontes viáveis de sobrevivência e cultivar seus próprios alimentos.
O projeto enfrenta muito ceticismo, mas entre seus apoiadores está o Nobel holandês Gerard 't Hooft, ganhador do prêmio de Física em 1999, que aparece em um vídeo promovendo a Mars One no site de financiamento coletivo Indiegogo. Até agora, as agências espaciais ao redor do mundo só conseguiram enviar sondas robóticas a Marte, sendo a última a Curiosity, da Nasa, estimada em US$ 2,5 bilhões, e que pousou no planeta vermelho em agosto de 2012.
AFP