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Verão

Especial

Mercados de Porto Alegre têm bastante movimento para as compras da ceia de Ano Novo

Mesmo com preços elevados, consumidores apostam nas carnes para as comemorações

A ceia de ano está mais cara neste ano. As proteínas animais (como carne de frango e bovina) são os produtos que mais contribuíram para esse encarecimento, conforme o levantamento do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV/ IBRE). Ainda assim, o movimento nos supermercados no Centro Histórico, e especialmente no Mercado Público de Porto Alegre, é alto nesta quinta-feira.

Pela manhã, o Mercado Público estava com ritmo acelerado de pessoas que entravam com mãos vazias e saíam carregando sacolas de compras, geralmente com algum tipo de carne e outros itens. Em frente a uma Casa de Carnes, a distribuição de senha estava frenética. Apesar da véspera de feriado, muitos ainda comparavam preços.

O eletricista Getúlio José de Souza já tinha comprado azeitonas, pepinos, entre outros itens. “Estou pensando se vou levar carne, está muito caro”, constatou. O aposentado Luiz Antônio Martins levou para casa costela e paleta bovinas. “Com o preço que está, de vez em quanto a gente tem que comer carne”, comentou.

Já o bancário Eduardo Oliveira Pereira optou pelos cortes de ovino e de suíno. “O preço aumentou, mas não podemos abrir mão do que se gosta, vamos manter a nossa tradição”, explicou.

Paulo Medeiros, gerente de um açougue, disse que o movimento estava firme desde quarta-feira. “Muitas pessoas compraram até ontem e deixam para completar a ceia hoje”, disse. Medeiros ressaltou que a costela bovina e os cortes suínos figuravam entre os itens mais procurados.

O atendente de uma das bancas, Luciano Vieira, contou que grãos, frios e bacalhau estão com uma procura alta desde quarta-feira. Vieira comentou que a saída de itens da ceia de Ano Novo está mais elevada em relação a 2020. “No ano passado, comercializamos 30% do total que vendíamos antes da pandemia e neste ano devemos terminar com 70% das vendas também antes do coronavírus”, comparou.

O presidente da Associação Gaúcha de Supermercados (AGAS), Antonio Cesa Longo, disse que o setor de bebidas deve ter mais saída neste período de celebração da virada de ano. “A bebida é sinônimo de confraternização e segura as pessoas em uma mesa”, enfatizou. O refrigerante deve ser o item mais comprado entre os líquidos. “Os espumantes ficam mais restritos ao momento do  brinde”, explicou. O dirigente estima que o salsichão deve ser um item presente nos carrinhos de compras dos consumidores. “É mais barato”, afirmou. 

Quanto a procura mais elevada de bebidas, o diretor superintendente da Vinícola Aurora, Hermínio Ficagna, afirmou o ano está fechando com mais um recorde nas vendas de espumantes, sendo que entre janeiro e novembro, o crescimento foi de 42% na categoria. “Só nas vendas voltadas para as festas de fim de ano, como Natal e Réveillon, tivemos um incremento de 35% frente a 2020. Na Aurora, o espumante tipo moscatel foi o mais vendido, com expansão de 50% em relação às comemorações do ano passado”, destacou.

O economista do IBRE/FGV, Matheus Peçanha, explicou que a alta dos preços é uma conjunção de fatores como o clima, a alta dos custos de produção e o câmbio, que estimulou a exportação e diminuiu a disponibilidade interna de carnes, aumentando o preço no mercado doméstico. “Há uma demanda reprimida, já que neste ano tem menos restrições, mas projeto que, assim como o Natal, que teve uma movimentação financeira maior que o mesmo feriado em 2020, mas abaixo da expectativa, acredito que será assim do Ano Novo”, estimou

Para gastar menos e não deixar de comemorar, o especialista aconselhou a comprar mais carne suína e pescados nacionais. “Além disso, dividir o valor da ceia pode equilibrar as contas para todos”, orientou.

Taís Teixeira