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Metroviários pedem revisão dos critérios de prioridade para vacinação contra a Covid-19

Segundo OMS, o transporte público é o segundo ambiente mais perigoso para a contaminação por coronavírus

Manifestação foi planejada para não ser numerosa devido ao contexto da pandemia | Foto: Ricardo Giusti

Representantes do Sindicato dos Metroviários do Rio Grande do Sul (Sindimetrô) realizaram um ato, nesta quarta-feira, na Estação Mercado, no Centro de Porto Alegre, pedindo vacinação de forma mais ágil à categoria. Trabalhando ininterruptamente desde o início da pandemia, eles estão entre as classes da linha de frente durante a crise da Covid-19. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), o transporte público é o segundo ambiente mais perigoso para a contaminação por coronavírus, ficando atrás apenas dos hospitais.

O medo dos metroviários aumentou com duas mortes recentes de colegas, infectados pela doença. Giovani Vasconcellos, de 57 anos, funcionário da ouvidoria do Trensurb, perdeu a vida em 14 de março, e Eduardo José de Lima, 59 anos, que trabalhava no Centro de Controle Operacional (CCO) da empresa, faleceu na última segunda-feira. A mobilização questionou os critérios que estabelecem os grupos prioritários da vacinação.

“O metrô não deixou de funcionar nenhum dia durante a pandemia. Tivemos mais de 20% de colegas contaminados. Queremos ser incluídos na lista de vacinação de verdade. Estamos lá no final da lista”, explicou o presidente do Sindimetrô, Luís Henrique Chagas, que acredita ver a categoria ser imunizada somente em 2022, se as regras atuais se mantiverem.

Nova discussão

Chagas reitera que a prioridade deve estar mesmo nos profissionais de saúde, mas sugere uma nova discussão sobre o tema. “Todo mundo que é obrigado a sair de casa para trabalhar todos deveria ser prioritário. Dou exemplo da minha mãe: ela foi vacinada, coisa boa! Mas ela não precisa sair de casa, nós, sim”, salienta.

O presidente do Sindimetrô lembra que as pessoas que utilizam os trens diariamente não se aglomeram intencionalmente. “Quem se amontoa no trensurb não está numa festa clandestina. São obrigados a saírem para trabalhar”, exemplifica Chagas. A posição do Sindimetrô é de que, “enquanto a vacina não está disponível para todos, por incompetência do Ministério da Saúde, as prioridades precisam ser revistas."

A manifestação, que contou com representantes de rodoviários, trabalhadores dos Correios e profissionais de saúde, foi planejada para não ser numerosa devido ao contexto da pandemia e ocorreu de forma pacífica e respeitando os protocolos sanitários, como uso de máscaras e distanciamento físico mínimo.

Até o momento, três metroviários estão internados, sendo dois em estado grave na UTI. No total há 70 funcionários afastados por Covid e mais 150 que já foram contaminados pelo coronavírus. “Os metroviários da linha de frente precisam da vacina. Nesse ritmo o serviço ficará comprometido”, alertou Chagas.

O sindicato também exige que a empresa ofereça EPIs de qualidade aos metroviários, como as máscaras pff2. A entidade também solicita que a Trensurb disponibilize álcool em gel aos usuários e mantenha a higienização completa dos vagões, o que, segundo o Sindimetrô, não está ocorrendo.

A Trensurb divulgou que, além de fazer testagens em metroviários, tomar outras “medidas de prevenção à propagação da Covid-19, como o fornecimento de máscaras de proteção e álcool em gel aos empregados, o fechamento das bibliotecas das estações Mercado e Novo Hamburgo, a suspensão de treinamentos e eventos coletivos presenciais, a priorização de reuniões por meio remoto; a divulgação interna de orientações de prevenção; a autorização de trabalho remoto e escala de revezamento para áreas administrativas”.

Christian Bueller