Ele reconheceu que "não existem dados até o momento que apontem a origem do surto". O material apurado (foram aplicados 160 questionários junto às pessoas diagnosticadas com toxoplasmose e, também, coletado sangue) continua sendo investigado, entretanto.
Vieira Alves destacou que a principal preocupação é a de não faltar atendimento e medicamentos para os pacientes que tiveram a doença confirmada, continuar a investigação e alertar para a prevenção; sem descartar o retorno dos técnicos do Programa de Treinamento em Epidemiologia Aplicada aos Serviços do Sistema Único de Saúde (EpiSus) para a região.
Estoque de medicamentos é suficiente
Sobre os medicamentos, o titular da 4ª Coordenadoria Regional de Saúde, Roberto Schorn, relatou que o estoque é suficiente para mais três meses. "Se precisar mais, podemos solicitar através de uma parceria com as Secretarias de Saúde de São Paulo e Paraná", acrescentou.
O Superintendente em Vigilância em Saúde da Prefeitura, Alexandre Streb, informou que profissionais estão trabalhando para descobrir a origem da doença e continuarão realizando ações de fiscalização. "Não ingerir carnes cruas ou mal cozidas e lavar as verduras e frutas" são medidas de controle, enfatizou. "As gestantes com qualquer sintoma de doença devem procurar o médico que acompanha o seu pré-natal", salientou.
Novo boletim
Novo boletim da doença, divulgado nesta segunda-feira pela Secretaria Estadual de Saúde e prefeitura, aponta que o número de casos confirmados passou de 510 para 569, sendo que 50 destes envolvem gestantes. Desde o início da investigação, em 16 de abril, houve 1.430 notificações, com 1.103 registros suspeitos. Destes, além dos confirmados, há 312 casos em investigação e 222 descartados. O boletim também mostra três óbitos fetais e dois abortos em razão de toxoplasmose.
Renato Oliveira