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Verão

Especial

Monumentos na Capital recebem lavagem conservadora

Conjunto de obras que representam o Guaíba e seus afluentes estão localizadas no bairro Moinhos de Vento

Foram removidos os processos de degradação | Foto: Fabiano do Amaral
A lavagem conservadora do conjunto de monumentos que representam o Guaíba e seus afluentes ocorreu durante este sábado. Através do procedimento, puderam ser identificadas patologias que, antes, devido à sujidade das quatro peças, localizadas na Hidráulica Moinhos de Vento, do Departamento Municipal de Água e Esgoto (Dmae), ainda não tinham como serem percebidas.

Além da identificação das patologias, também foram removidos os processos de degradação encontrados nos monumentos. Segundo a arquiteta e restauradora responsável pela ação, Verônica Di Benedetti, as condições encontradas são condizentes com o que se imaginava. “Também foi possível identificar fissuras e rachaduras na peças”, revelou. Dentre as patologias identificadas, a restauradora encontrou ‘Crosta Negra’ em algumas partes dos monumentos. “A crosta negra fragiliza o local em que se instala, e chega a destacar partes das peças”, salientou.

Entre os outros danos encontrados estão o nível de porosidade do conjunto e os danos em consequência do tempo e da poluição atmosférica. De acordo com Verônica, as peças que representam os rios Gravataí e Caí estão em condições piores do que as outras duas. “As duas estão muito porosas. Além disso, foram encontradas muitas patologias em ambas e a presença de pequenos buracos”, concluiu.

Nesta semana, a restauradora deve montar um relatório sobre as condições do conjunto e encaminhar a Secretaria Municipal da Cultura (SMC). A expectativa é de que em breve seja feito um projeto de restauração dos monumentos. O próximo passo será a recuperação e pintura do chafariz para o qual as peças foram realocadas.

O conjunto, datado de 1866, é considerado o mais antigo de Porto Alegre. Inicialmente, os monumentos ficavam localizados na Praça da Matriz - onde se encontra a estátua de Júlio de Castilhos. As peças também fizeram parte do primeiro chafariz público da Capital.

Idealizadas pelo arquiteto italiano José Obino, cada uma das quatro peças - sendo duas figuras femininas, que simbolizam os rios Caí e Sinos, e duas masculinas, representando os rios Jacuí e Gravataí. A estátua de uma criança, que representava o Guaíba, e completava o conjunto, foi perdida depois que as peças foram vendidas para demolição, em 1924. Após protestos da população, na época, as obras foram recuperadas.

Marco Aurélio Ruas