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Verão

Especial

Moradores avaliam prejuízos após arroio transbordar no bairro Sarandi

Água subiu mais de um metro acima do nível da rua

Móveis, roupas e cobertores ao sol para secar e ver o que pode ser aproveitado | Foto: Guilherme Testa
Esta sexta-feira foi de limpeza e avaliação dos prejuízos para moradores e comerciantes do bairro Sarandi, na Zona Norte de Porto Alegre. Na quinta-feira o arroio que corta o bairro transbordou e a água subiu mais de um metro acima do nível da rua.

Em alguns pontos, as casas que têm comportas no portão viram a água passar por cima da estrutura. Esse foi o caso da residência de Dirceu Albertuni e Robelina Castro. O casal estava em Gramado e foi chamado pela filha. Há três anos eles colocaram a comporta e desde então essa foi a primeira vez que a água entrou em casa. O barro dentro dos armários, o sofá e a cama molhados demonstram os efeitos de uma forte chuva. No pátio, móveis, roupas e cobertores estavam no sol para secar.

“Quando entrei em casa foi um desespero”, lembra Robelina. De acordo com Albertuni, ainda não é possível avaliar o prejuízo, apenas depois que as coisas secarem. “Há oito anos, quando nos mudamos, o arroio era bem mais fundo, mas não é feita uma limpeza para manter o mesmo nível. Agora está mais raso”, observa Albertuni.

Paulo Espíndola estima que na oficina mecânica do irmão os materiais perdidos ultrapassem a soma de R$ 5 mil. A água ficou quase na metade da parede e entrou em carros de clientes. “A Prefeitura limpa mais a parte externa do arroio. Seguido vejo pneu e sofá ali dentro, por exemplo. O povo não colabora. Antes já transbordava, mas agora é mais frequente”, conta ele, que mora no bairro há mais de 50 anos.

A presidente da Associação de Moradores da Vila Leão, Terezinha Prestes, conta que o contato é constante com o Departamento de Esgotos Pluviais (DEP) desde 2010. Uma licitação já foi feita para alargar o valo e no dia 15 deste mês o contrato deve ser assinado.

A obra terá duração de 16 meses e integra também a substituição das pedras nas bordas por concreto. “Desde 2001, qualquer chuva alaga. Aqui tenho comporta e bomba para tirar a água do pátio”, conta Terezinha.

Depois do alagamento, na quinta-feira, o DEP se reuniu com a comunidade e o diretor, Tarso Boelter, e visitou o local. “Desde quinta, DMLU e DEP intensificaram a limpeza na região nas ruas, bocas de lobo e pontes. O maior problema é nas pontes porque o lixo tranca ali e o arroio transborda”, explica. Uma reunião foi solicitada pelo departamento para a retirada da ponte da rua Zeferino Dias. O pedido foi encaminhado para a Prefeitura, EPTC e Smov.
 

Jéssica Mello