person Entrar

Capa

Notíciasarrow_rightarrow_drop_down

Esportesarrow_rightarrow_drop_down

Arte & Agendaarrow_rightarrow_drop_down

Blogsarrow_rightarrow_drop_down

Jornal com Tecnologia

Viva Bemarrow_rightarrow_drop_down

Verão

Especial

Moradores da região das ilhas têm casas invadidas pelo Guaíba

Nível atingiu 2,30 metros, mas nenhuma família foi removida

Alguns pescadores chegaram a transportar de barco os moradores da rua Nossa Senhora da Boa Viagem | Foto: Guilherme

Com a nova elevação do Guaíba, que pela manhã atingiu o nível de 2,3 metros, os moradores da Ilha da Pintada, Grande dos Marinheiros e do Pavão tiveram suas residências invadidas pela água nesta quinta-feira. A medição foi feita na Estação Cais Mauá por volta das 11h30min. Segundo a Defesa Civil de Porto Alegre, a região do Arquipélago apresentou pontos de inundação na via pública e nas residências. A equipe da Defesa Civil, o Centro de Relações Institucionais e Participativas (CRIP/Ilhas), a Fundação de Assistência Social e Cidadania (Fasc) e Corpo de Bombeiros Militar do Rio Grande do Sul estão prestando assistência a comunidade local. O diretor-geral da Defesa Civil, Evaldo Júnior, disse que até o momento, nenhuma família foi removida.

As previsões continuam indicando ventos favoráveis ao escoamento para a Lagoa dos Patos. Com isso há perspectiva que, a partir de sexta-feira o nível do Guaíba comece a baixar. A Defesa Civil Municipal permanece no bairro Arquipélago, monitorando a situação e em permanente contato com os moradores. Para os próximos três dias a previsão é de vento Nordeste, o que segundo a Defesa Civil de Porto Alegre, ajudará no escoamento das águas em direção a Lagoa dos Patos. Conforme Evaldo Júnior, a Defesa Civil está preparada para o caso de que ocorra a solicitação de retirada das famílias das ilhas, o que não ocorreu até o momento.

A rua Nossa Senhora da Boa Viagem, na llha da Pintada, virou um "rio" ao longo de quase toda a sua desde a sede da Colônia de Pescadores Z 5 até a rua dos Marinheiros. O alagamento da via ontem pela manhã obrigou que os moradores deixassem suas casas de barco ou caminhassem descalços pela via. Morador há 20 anos da região, o metalúrgico Renan Soares Trindade disse que a família segue em estado de alerta. "Colocamos alguns móveis na parte superior da casa", explicou ele ao observar a água que já estava no seu pátio. A doméstica Vera Monteiro saiu para trabalhar com água pelos joelhos. "Espero que a chuva pare".

Alguns pescadores chegaram a transportar de barco os moradores da rua Nossa Senhora da Boa Viagem. A Defesa Civil de Porto Alegre monitora desde o dia 2 de novembro, o nível do Guaíba. Devido às fortes chuvas dos últimos dias, as cabeceiras das bacias hidrográficas do Jacuí, Caí, Gravataí e dos Sinos impactam diretamente o nível da região. “Com relação a orientações à população, a Defesa Civil está de prontidão realizando vistorias periódicas e à disposição pelo telefone de emergência 199", destacou o diretor-geral da Defesa Civil.

A Defesa Civil também fez contatos com órgãos parceiros como a Fasc e o Corpo de Bombeiros Militar do Rio Grande do Sul, para ajustar detalhes de uma possível intervenção conjunta para atendimento da população caso seja necessário. “Embora o nível do Guaíba tenha invadido pontos do bairro Arquipélago, não há registros de ocorrências graves ou de pessoas ou famílias desalojadas ou casas inundadas”, ressaltou Evaldo Júnior. Segundo a Defesa Civil de Porto Alegre, o nível de perigo para alagamentos é de 2,50 metros.

Cláudio Isaías