Para Valdemar Jesus, da Associação de Moradores São Pedro, faltou atenção especial às comunidades como a da Chácara do Banco, Pitinga, Jardim do Salso, Ponta Grossa e arredores. “Os bairros têm crescido em suas margens e não apenas próximo às grande ruas ou avenidas”, justificou, revelando que os moradores precisarão caminhar até cinco quilômetros para embarcar numa lotação.
Já o engenheiro da Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC), Flávio Tumelero, não descartou uma futura ampliação das linhas. “É uma conquista importante daquelas comunidades da região Sul da Capital e não vamos medir esforços para que os serviços sejam de qualidade e futuramente ampliados para novos locais”, afirmou.
O projeto básico define dados como demanda das linhas, tipo de veículo e proposta inicial de itinerário. Em razão dos bairros Restinga e Belém Novo ficarem distantes do Centro Histórico de Porto Alegre, as linhas passam a ser classificadas como de categoria especial de transporte seletivo, com trajetos de extensão igual ou superior a 50 quilômetros.
Tumelero esclareceu que se trata de uma permissão pública por meio de licitação para atender a demanda de acordo com a oferta padrão de 6 em 6 minutos e operação em horários de pico para a Restinga, bem como para Belém de 8 em 8 minutos. Segundo ele, este foi o equilíbrio encontrado no projeto básico para a viabilização das linhas, com permissão de uso para 10 anos.
Jézica Bruno / Correio do Povo