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Verão

Especial

Morre o fotógrafo Alfonso Lheureux em Porto Alegre

Sepultamento ocorreu no cemitério Ecumênico João XXIII

Amigos e familiares se reúnem para despedida do fotógrafo | Foto: Alina Souza

O fotógrafo Alfonso Abraham Lheureux morreu aos 71 anos, no Hospital Ernesto Dornelles, em Porto Alegre, vítima de câncer. Autor de várias exposições no Rio Grande do Sul, ele recebeu prêmios importantes, como o Prêmio Ari de Jornalismo. Lheureux nasceu em 1952, em Barcelona, na Espanha. Ele deixa a esposa Diane Lauthert e um casal de filhos do relacionamento anterior. O sepultamento ocorreu nesta quarta-feira, no cemitério Ecumênico João XXIII, onde amigos e familiares se despediram do fotógrafo. 

Com passagem pelos jornais Folha da Tarde e Zero Hora, entre outros, Lheureux herdou a paixão pela profissão do pai, o repórter fotográfico José Abraham Diaz, que era conhecido como o Espanhol. A esposa Diane afirma que o marido faleceu na terça-feira, após 35 dias de internação. “A fotografia era a vida dele, ele estava sempre criando, a cabeça dele não parava um minuto. Via uma imagem e já estava fazendo aquela imagem de um ângulo que nenhuma outra pessoa buscaria”, recorda, lembrando que o marido ganhou a primeira câmera aos 15 anos e cobriu a última luta de Eder Jofre, em 1976.

Casada há 22 anos com Lheureux, Diane afirma o marido deixa uma obra pronta sobre os 250 anos de Porto Alegre. “Ele gostaria muito de ter lançado esse ano, mas infelizmente pela doença não foi possível. É um livro lindo, está pronto, só falta ser lançado. O sonho dele era lançar na Feira do Livro, porque ele era apaixonado pela feira”, observa. Além da paixão por fotografia, Diane lembra que o marido gostava de escrever e velejar. O barco era a vida dele, gostava de velejar desde os 15 anos”, afirma.

A irmã Maria Del Carmen Lheureux Abraham lembra que o irmão realizou várias exposições, entre as quais “O Rio Grande na era dos trens”, e percorreu quase toda a América Latina enquanto atuava em veículos de comunicação. “Ele cobria ainda todos os jogos de futebol no Brasil inteiro. Vivia viajando”, afirma. “Era uma pessoa correta, honesta, que amava a natureza e apaixonada pelo que ele fazia”, lembra. Por conta das dificuldades enfrentadas na Europa no pós-guerra, a família decidiu vir para o Brasil, onde desembarcou em 1952. “Ele fez um ano durante a viagem de navio”, recorda.

Felipe Samuel