Cerca de cem motoristas de aplicativos promoveram um protesto em Porto Alegre, nesta quarta-feira, contra o descredenciamento de condutores por parte da Uber. A categoria pedia a abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) na Câmara de Vereadores para investigar os contratos das empresas de aplicativos com os colaboradores e a relação delas com a prefeitura. No final da tarde, eles conseguiram as assinaturas necessárias para a implantação da CPI.
No período da manhã, os motoristas fizeram uma carreata que iniciou na avenida Antônio de Carvalho e passou pelas avenidas Bento Gonçalves e João Pessoa, Túnel da Conceição, avenida Mauá até chegar à Câmara. Eles reclamam de “maus tratos” que dizem sofrer pelas plataformas e reivindicam reajuste das tarifas.
Segundo a presidente do Sindicato dos Motoristas de Transporte Individual por Aplicativo do Estado (Simtrapli-RS), Carina Trindade, mais de mil motoristas no Rio Grande do Sul – mais de 500 na Capital – foram descredenciados por cancelamentos de viagens e outros motivos. Com isso, ficaram sem emprego. À tarde, 20 motoristas entraram na Casa e convenceram vereadores a abrir a CPI.
Em nota, a Uber afirma que “dos cerca de 1 milhão de motoristas e entregadores parceiros cadastrados, 0,16% do total apresentaram – de maneira recorrente – comportamentos que prejudicam intencionalmente o funcionamento da plataforma. Com isso, atrapalham outros motoristas e usuários que apenas desejam gerar renda ou se deslocar”.
Correio do Povo