Os motoristas que utilizam o estacionamento da Área Azul em Porto Alegre, tanto no Centro Histórico quanto nos outros bairros, precisam ficar atentos à proibição do uso das 4,5 mil vagas a partir desta terça-feira, conforme determinação do decreto municipal. Na manhã desta segunda-feira, na rua Sete de Setembro, a empresária Maria Alice Rubim, que utiliza diariamente o estacionamento rotativo, lamentou o fechamento do espaço. "Como realizo a distribuição de produtos de limpeza na região do Centro, sempre faço uso da Área Azul", explicou.
Ela informou que pretende deixar de usar o veículo neste período de vigência do decreto. O técnico em eletrônica Ricardo Moraes considerou a medida adotada pela prefeitura um pouco demasiada. "O estacionamento poderia ser mantido. O que tem que ser verificado são as aglomerações", ressaltou.
Na rua Sete de Setembro, a servidora pública Luciana Pestana achou positiva a medida da prefeitura de restringir a circulação na cidade em função da pandemia da Covid-19. Já Marcelo Menezes, fiscal de loja que utiliza o estacionamento rotativo todos os dias, lamentou o fato de não poder mais utilizar a vaga. "Trabalho cinco horas por dia e vou ter que arranjar um outro local para colocar o carro durante os próximos 15 dias", explicou.
A partir desta terça-feira, o condutor que estacionar na Área Azul entre às 7h e 19h em uma das 4,5 mil vagas existentes em Porto Alegre será multado em R$ 195,23 pela fiscalização da Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC), receberá cinco pontos na Carteira Nacional de Habilitação (CNH) e o veículo será removido. A exceção fica por conta das vagas em torno de hospitais, que continuarão em operação.
Os equipamentos da Área Azul estão localizados no Centro Histórico e nos bairros Menino Deus, Tristeza, Azenha, Fórum, Floresta, Bom Fim e Moinhos de Vento. O sistema de estacionamento rotativo funcionava em dias úteis, das 8h às 19h, e aos sábados, das 8h às 13h, com tarifas de R$ 1,05 (para o período mínimo de 30 minutos) a R$ 4,20 (pelo tempo máximo de duas horas).
Cláudio Isaías