Alguns pontos da rua Nossa Senhora da Boa Viagem, na Ilha da Pintada, estavam intransitáveis. O jovem Adair Souza, 17 de anos, teve que tirar com balde a água que se acumulou dentro da canoa que usou para sair de casa e
ir ao mercado. “O banheiro ficou inundado. Não dá mais para usar”, contou.
Somente com uma galocha especial, que vai até a virilha, o pescador aposentado Luiz Sérgio Lopes de Oliveira, de 67 anos, consegue andar pela região. Dessa vez, o imóvel dele não alagou, mas o morador lamentava as condições
dos vizinhos que perderam móveis e eletrodomésticos.
Segundo o secretário adjunto da Defesa Civil de Porto Alegre, Élio Oliveira, a regra de medição de alerta do Guaíba estava em 2,05 metros e a situação se agrava quando a altura passa de 2,20 metros. “Estamos atentos e observando, por causa dos ventos que podem fazer o nível subir”, comentou.
Até a manhã desta terça-feira, 50 pessoas haviam sido retiradas das casas próximas da região das ilhas. Já na Vila dos Herdeiros no bairro Agronomia, zona Leste da Capital, outras cerca de 60 famílias também seguiam desalojadas.
Karina Reif / Correio do Povo