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Número de casos de Covid-19 é o menor em 10 meses no Brasil

Especialistas advertem, no entanto, que terceira onda, motivada pela variante delta, pode se manifestar ainda em setembro

Secretaria Municipal de Saúde registrou 298 pacientes com confirmação do vírus em leitos de UTIs nesta quarta-feira | Foto: Ricardo Giusti

Os gráficos de casos e mortes por Covid-19 são claros ao mostrar que a doença causada pelo novo coronavírus recua no Brasil, mas especialistas advertem que estamos longe do momento de podermos afrouxar as regras para conter a pandemia.

Na semana entre 29 de agosto a 4 de setembro, o país contabilizou 149.259 novas infecções, menor número desde o período de 1 a 7 de novembro de 2020, com 117.956 registros, segundo dados oficiais do Ministério da Saúde.

O número de mortes da semana passada também é o mais baixo deste ano, com 4.352. Antes dele, a menor quantidade de óbitos foi de 4.067 brasileiros, entre 29 de novembro e 5 de dezembro de 2020, há nove meses.

Outro dado relevante é que há 20 dias o Brasil se mantém abaixo da marca de mil óbitos diários. Desde 18 de agosto, quando morreram 1.064 pessoas, o país não supera essa trágica marca.

O epidemiologista Pedro Hallal, da Universidade Federal de Pelotas, afirma que o Brasil está vencendo a doença, mas é preciso cautela. "Alguns países tiveram esse desempenho que estamos tendo, de queda constante nos números, mas depois essa situação recrudesceu. É para comemorar, mas com um pouco de cuidado", argumenta.

Terceira onda

O médico sanitarista Gonzalo Vecina Neto, ex-presidente da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), vai além e diz que há indícios claros de que o país pode entrar em uma terceira onda da Covid-19 nas próximas semanas.

"Eu e muitos especialistas prevemos uma nova onda entre o final de setembro e início de outubro. A variante delta está entre nós, é mais infectante e explodiu em muitos países. No Brasil, somente se fez sentir no Rio de Janeiro", observa, em menção ao recente aumento de casos e mortes registrado no estado.

Gonzalo Vecina acredita que, além da variante delta do coronavírus, a onda de que a doença acabou no Brasil deve estimular uma nova propagação, com a redução de medidas de proteção (uso de máscaras e álcool gel) e a retomada de aglomerações e atividades presenciais.

O sanitarista afirma ainda que é certo que a quantidade de óbitos deve ser contida em parte pela vacinação, que engrenou no país nos últimos meses, mas adverte que não há a mesma certeza em relação ao número de casos.  

R7