person Entrar

Capa

Notíciasarrow_rightarrow_drop_down

Esportesarrow_rightarrow_drop_down

Arte & Agendaarrow_rightarrow_drop_down

Blogsarrow_rightarrow_drop_down

Jornal com Tecnologia

Viva Bemarrow_rightarrow_drop_down

Verão

Especial

Novo protesto contra PEC reúne milhares em Porto Alegre

Após maior parte do trajeto ser pacífica, pequeno grupo se envolveu em confronto com a Brigada Militar

Manifestantes partiram do Centro | Foto: Fabiano do Amaral
*Com informações do repórter Henrique Massaro

A sexta-feira terminou com mais protestos em Porto Alegre em decorrência do Dia Nacional de Greve e Paralisações que luta contra a tramitação da PEC 241/55, que congela os gastos do governo federal. Depois de uma manhã agitada, que chegou a registrar confrontos entre manifestantes e o Batalhão de Choque, um novo ato teve início por volta das 18h, quando os primeiros manifestantes começaram a se reunir na Esquina Democrática.

Por volta das 19h30min, centenas de pessoas partiram em caminhada pelas ruais centrais da Capital carregando faixas e bandeiras com dizeres contra a PEC 241/55. O grupo também cantava e convocava a população: “Vem pra rua, vem, é contra a PEC”.

Os manifestantes percorreram a rua Julio de Castilhos, o Túnel da Conceição e rua Loureiro da Silva, em um trajeto tranquilo, observado de longe pela Brigada Militar. Ao chegar na esquina com a José do Patrocínio, o ato parou no Largo Zumbi dos Palmares, onde o grupo se concentrou e o clima começou a ficar tenso.

Na esquina da Loureiro da Silva com a General Lima e Silva, um pequeno pequeno grupo de manifestantes ateou fogo em cone e caixas de papelão, e chegaram a derrubar a moto de um agente da Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC).

O Batalhão de Choque da Brigada Militar chegou para dispersar os manifestantes jogando bombas de gás lacrimogêneo e avançando contra os manifestantes em entorno do Largo Zumbi dos Palmares. O protesto foi dispersado por volta das 21h30min após confronto da BM, que contou ainda com a presença da cavalaria, com o grupo de manifestantes.

Indignação contra o governo

Diretor do Sindicato dos Professores do Ensino Privado (Sinpro), Marcos Fuhr, destacou que o protesto mostrava a força de movimentos sociais contra as medidas tomadas pelo governo recentemente. “É um coroamento de um dia de luta contra medidas do Governo Federal que retiram direitos e precarizam condições de vida da maioria dos brasileiros”, afirmou ele. O Sinpro foi uma ligadas a Central Única dos Trabalhadores (CUT) a participar da mobilização.

Estudante de Jornalismo da Ufrgs, Nathi Bittencourt, é integrante do coletivo Juntos! e também da ocupação da Faculdade de Biblioteconomia e Comunicação (Fabico). Ela disse que, além das principais bandeiras do protesto, o que unificava o ato era a descriminalização dos movimentos sociais, explicando que, durante o dia, ocorreram vários casos de violência contra os manifestantes.

Mas o protesto também contou com participantes sem ligação a qualquer movimento. Professor de biologia de três instituições porto-alegrenses, César Matos era um desses manifestantes. “O que me trouxe aqui foi a necessidade de proteção contra mais uma violência à política do nosso país”, contou, se referindo à PEC 55 e à MP 746. Tanto a proposta de emenda constitucional quanto a medida provisória são vistas como prejudiciais sobretudo a áreas como a saúde e a educação no Brasil.

“Isso aqui é uma expressão de santa indignação que vem da alma do povo, que não aguenta essa podridão”, sacramentou o professor Pedrinho Guareschi. Docente da Ufrgs e autor de diversos livros de áreas como comunicação e política ele ainda ressaltou a importância dos jovens que, indignados, se fizeram presentes.

Correio do Povo