O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) informou que o governo federal disponibilizou R$ 240 milhões do Orçamento Geral da União para 2018, o que deve garantir um maior ritmo de execução. Segundo o Dnit, desde o início das obras em outubro de 2014 já foram investidos mais de R$ 412 milhões. O custo da nova ponte do Guaíba é de R$ 757,5 milhões. A estrutura terá uma extensão de 12,3 quilômetros com um total de cinco quilômetros em acessos e 7,3 quilômetros em obras de artes especiais (ponte sobre os canais navegáveis, elevadas e viadutos).
A segunda ponte do Guaíba terá cerca de 28 metros de largura, em pista dupla com duas faixas de tráfego em cada sentido com acostamento e refúgio. A estimativa do Dnit é de que cerca de 50 mil veículos devem passar diariamente pela nova ponte. Hoje cerca de 40 mil carros passam por dia na atual ponte. Uma das diferenças é que não haverá a necessidade de içamento do vão móvel, evitando interrupções no trânsito.
Durante a realização de uma inspeção nas obras da nova ponte do Guaíba, os ministros Moreira Franco, da Secretaria Geral da Presidência, Eliseu Padilha, da Casa Civil, e Maurício Quintella, dos Transportes, Portos e Aviação, no mês de novembro foi anunciado que 85% dos trabalhos deverão acontecer no final de 2018. O restante da obra (15%) ficaria para o primeiro semestre de 2019.
Além da conclusão da obra, será necessário reassentar mais de mil famílias e 35 estabelecimentos comerciais, localizados na Ilha Grande dos Marinheiros. A construção das habitações populares para o reassentamento das famílias será com recursos do programa Minha Casa, Minha Vida.
A nova ponte do Guaíba começou a ser erguida em outubro de 2014 pelo consórcio formado pela construtora Queiroz Galvão e a EGT Engenharia. A obra era uma reivindicação dos usuários e moradores de Eldorado do Sul e Guaíba e também da zona Sul do Estado. A execução dos trabalhos começou a apresentar problemas devido ao atraso no repasse de recursos financeiros da União no final de 2015. Em 2016, os trabalhos chegaram a ser paralisados no primeiro semestre de 2016, mas foram retomados após um aporte financeiro de R$ 100 milhões autorizados pelo presidente da República, Michel Temer.
Cláudio Isaías