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Especial

OMS investiga se rápida propagação da varíola do macaco se deve a mutações do vírus

Grande parte dos novos casos relacionados ao surto atual são registrados na Europa e nas Américas

Estado teve registrado 18 novos casos da doença nas últimas 24 horas | Foto: Cynthia S. Goldsmith / Centers for Disease Control and Prevention / AFP / CP

Vários estudos em andamento tentam averiguar se mudanças genéticas no vírus da varíola do macaco estão impulsionando a rápida propagação da doença, informou a OMS (Organização Mundial da Saúde) à AFP nessa quarta-feira. Os dois clados ou variantes diferentes do vírus foram denominados clados da Bacia do Congo (África central) e da África ocidental devido às duas regiões onde são endêmicos. 

Mas na sexta-feira, a OMS mudou o nome dos grupos para clado I e clado II, respectivamente, para evitar o risco de estigmatização geográfica. Também anunciou que o clado II tinha dois subclados, IIa e IIb, com os vírus dentro deste último identificados como responsáveis pelo atual surto global. 

Nessa quarta, a agência de saúde da ONU (Organização das Nações Unidas) especificou que o IIa e o IIb estão relacionados e compartilham um ancestral comum recente, portanto, o IIb não é uma ramificação da IIa. O clado IIb contém vírus recolhidos nos anos 1970 e a partir de 2017. 

"Olhando para o genoma, veem-se algumas diferenças genéticas entre os vírus do surto atual e os vírus antigos clado IIb", informou a OMS à AFP.  "No entanto, nada se sabe sobre a relevância destas mudanças genéticas e está em andamento um estudo para determinar os efeitos (se houver) destas mutações na transmissão e severidade da doença", acrescentou.  Além disso, "ainda é cedo, tanto no surto quanto nos estudos de laboratório, para saber se o aumento das infecções se deve a mudanças observadas no genótipo do vírus ou a fatores do hospedeiro humano". 

O surto de infecções da varíola do macaco começou a ser registrado em maio fora dos países endêmicos da África. A OMS o declarou emergência de saúde pública internacional em 23 de julho. Foram reportados à organização mais de 35 mil casos em 92 países, com 12 mortes. 

Quase todos os casos novos são registrados na Europa e nas Américas e os especialistas têm estudado amostras destes casos. "A diversidade entre os vírus responsáveis pelo surto atual é mínimo e não há diferenças genotípicas óbvias entre os vírus de países não endêmicos", explicou a OMS. 

Enquanto isso, a OMS informou que seu plano de mudar o nome da varíola do macaco levaria "meses".  A entidade expressou preocupação com o nome, que os cientistas consideram enganoso. O nome se deve ao fato de que o vírus foi identificado originalmente em macacos usados em pesquisas na Dinamarca em 1958. 

No entanto, a doença ocorre com mais frequência em roedores e o surto atual é transmitido de humano a humano. A OMS pediu ajuda do público para definir um nome novo, com um site na internet no qual qualquer pessoa pode fazer sugestões. 

R7 e AFP