"Não foi apagão, foi um corte preventivo de carga feito pelo operador para evitar um desligamento de maiores proporções", disse Chipp, depois de participar da reunião com todos os órgãos e também de uma segunda, apenas com técnicos do ONS.
Segundo o diretor, foi possível identificar nas reuniões a necessidade de ajustes no sistema que desliga as usinas em caso de alterações na frequência de energia elétrica. Participaram do encontro Eletronuclear, Cemig, Copel, Duke Energy, Tractebel Energia e representantes das usinas térmicas de Viana e Linhares. Chipp afirmou que parte dos reajustes que eram necessários já foi colocada em prática de segunda para segunda, mas outros casos vão requerer mais tempo, como a usina Angra 1.
Por ser uma usina nuclear, Angra 1 tem um sistema diferente de desligamento. "A Eletronuclear vai levar essa análise para o seu fabricante para ver se pode fazer esse ajuste. Para que, se repetir um evento dessa natureza, não se desligue".
O diretor do ONS disse acreditar que os ajustes detectados após o ocorrido vão prevenir desligamentos dessa natureza. Chipp explicou que o corte foi necessário para normalizar a frequência e não teria ocorrido se usinas geradoras de energia tivessem sido desligadas automaticamente por esse desvio, o que retirou 2,2 mil MW de capacidade do sistema. "Seria administrável se não fosse a perda de 2 mil megawatts de operação".
Chipp defendeu que o sistema elétrico brasileiro está preparado para atender ao nível de consumo atual e disse que as regiões Norte e Nordeste têm sobras de potência que são guardadas para garantir a segurança da operação em todo o país.
Agência Brasil