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Verão

Especial

Para reitora da UFSCPA, RS está em momento crítico da pandemia

Lucia Pellanda observa mudança no perfil de internações, com mais jovens e casos mais graves

Segundo a reitora, estamos entrando em uma situação mais crítica e perigosa do que o pico que enfrentamos no ano passado | Foto: Ricardo Giusti

O aumento, na última semana, no número de casos de Covid-19 é um alerta para o que está por vir. Conforme o boletim de Hospitalizações do governo do Estado, os indicadores apontam que a região da Serra está prestes a entrar na bandeira preta de distanciamento controlado e a tendência é que os números sigam aumentando em função das aglomerações registradas no feriado de Carnaval.

A professora de epidemiologia e reitora da Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA), Lucia Pellanda, afirma que, possivelmente, estamos entrando em uma situação mais crítica e perigosa do que o pico que enfrentamos no ano passado. Entre os motivos para a piora, está o aumento, de forma rápida, do número de casos, as variantes – que já chegaram no Estado – com maior nível de transmissibilidade e as equipes médicas que estão a um ano trabalhando sem pausas: “Podemos aumentar os leitos, mas não podemos fabricar pessoas”, advertiu, em entrevista ao programa "Esfera Pública" da Rádio Gauíba. 

A médica afirma que embora os estudos acerca das novas mutações ainda estejam no início, foi possível notar uma mudança no padrão das internações para um perfil de pessoas mais jovens e casos mais graves. Apesar das festas de fim de ano não terem apresentado o aumento esperado no número de casos, Lucia alerta que o processo não se repetirá em função dessas novas variantes. “Quanto mais tempo o vírus fica no ar, maior a possibilidade de sofrer mutações”, explica.

Outro alerta que a médica faz é a respeito da lotação de leitos e, consequentemente, a falta deles. “Não é só pra Covid-19. Quando falta leito, falta para todo mundo. Falta pra quem infartou, pra quem teve derrame, pra quem tá com braço quebrado. É uma questão que todos precisamos pegar junto.” 

Volta as aulas presenciais não é recomendada

Apesar do retorno às aulas presenciais já ter começado em algumas instituições, Lucia indica que essa não é a melhor escolha no momento e o ideal seria esperar, pelo menos, 14 dias para verificar o avanço dos casos. “O que está realmente prejudicando são as aglomerações. Se não houvesse festas clandestinas e aglomerações seria mais fácil para toda sociedade funcionar. É muito mais lógico uma escola funcionando do que uma festa, mas não é isso que está acontecendo”, disse. A médica ainda esclareceu que há algumas semanas atrás o risco apresentado não seria o mesmo. “Não é o momento de pensar em nenhuma liberação. Acho possível a volta, mas com muito cuidado, e daqui a pouco”, finalizou. 

Reforçando as medidas de prevenção, a reitora explicou que no momento o que deve ser feito é manter o distanciamento e seguir os protocolos indicados. Afirma, ainda, que é possível fazer algumas atividades, como uma caminhada ao ar livre utilizando máscara. 

*Com supervisão de Mauren Xavier

Flávia Simões*