No confronto de informações, Simpa relata que apenas pacientes graves e com fraturas são atendidos. Conforme os registros hospitalares apurados pela prefeitura, contudo, houve leve queda nos atendimentos, mas a população está sendo tratada na casa de saúde.
A prefeitura reconheceu que houve concentração de servidores no HPS e HMIPV, mas sem comprometer o atendimento. Nos pronto atendimentos da Lomba do Pinheiro e Restinga não houve nenhuma interrupção. Nas unidades da Vila Bom Jesus e Cruzeiro do Sul, médicos e enfermeiros realizam uma classificação de risco dos pacientes, sendo atendidos apenas os casos de risco de vida. Os demais eram orientados a buscar atendimento nas unidades básicas de saúde, mais próximas.
HCPA atende apenas casos gravíssimos
As paralisações se refletem, principalmente, na lotação da emergência Hospital de Clínicas (HCPA). De acordo com a assessoria da instituição, estão sendo atendidas 132 pessoas para apenas 49 leitos. Nota oficial indica que a superlotação é reflexo da paralisação dos profissionais de saúde nos hospitais de Pronto Socorro (HPS), Materno-Infantil Presidente Vargas (HMIPV) e nos pronto-atendimentos Cruzeiro do Sul, Bom Jesus e Lomba do Pinheiro.
Por conta da situação emergencial, o HCPA informa que não receberá pacientes em casos menos graves. Apenas situações de risco iminente de morte e encaminhados pelas ambulâncias da SAMU serão admitidos.
Prefeitura marca reunião
A parada dos servidores da saúde trouxe resposta da gestão municipal no fim da tarde. O sindicato foi convocado para reunião na prefeitura. Segundo a diretora de comunicação da Simpa, Carmem Padilha, com cerca de 2 mil trabalhadores em estado de greve, o Executivo foi pressionado e marcou uma reunião para a tarde desta sexta-feira. O encontro ocorrerá às 15h30min na Secretaria Municipal de Planejamento Estratégico e Orçamento (SMPEO).
Conforme Carmem, servidores cruzaram os braços reivindicando a regulamentação e aplicação de um abono de 40% a título de insalubridade para todos e o respeito a um teto de 12 plantões por mês.
Correio do Povo e Rádio Guaíba