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Verão

Especial

"Perdi muitos colegas, muitos amigos, muitos conhecidos", lamenta DJ Lucas Peranzoni

Músico lembrou do drama nas tentativas de apagar o fogo na boate Kiss

DJ se emocionou ao ver vídeo do incêndio | Foto: Ricardo Giusti

Por volta das 21h, no segundo dia de julgamento dos quatro réus acusados de serem os responsáveis pela morte de 242 pessoas no incêndio na boate Kiss, o juiz Orlando Faccini Neto chamou para depor a quarta testemunha da noite desta quinta-feira: o DJ Lucas Cauduro Peranzoni, sobrevivente da tragédia. Muito emocionado, ele respondeu com dificuldade às perguntas do juiz, que preside o julgamento.

Questionado sobre como percebeu o início do incêndio, Lucas disse que ouviu um barulho diferente, que não parecia uma explosão. "Fez puf. O barulho foi esse. Nesse momento vi uma nuvem preta muito densa e olhei para o outro DJ e disse: 'Vamos sair daqui", afirmou Lucas, lembrando que desmaiou e foi pisoteado. "Perdi muitos colegas, muitos amigos, muitos conhecidos", lembrou ele, que chorou muito ao ver vídeo do incêndio na Kiss.

Perguntado sobre como ficou após a tragédia, Lucas afirmou que não ficou com sequelas físicas, no entanto, quando foi questionado sobre o seu estado psicológico, suspirou e não conseguiu falar. "Não precisa responder. O silêncio também fala", disse o magistrado Orlando Faccini.

O DJ relembrou o drama na tentativa de combater o fogo. "Tentaram tocar água, alguma coisa, tentaram extintor, e não conseguiram apagar", disse Lucas sobre início do incêndio, lembrando que quem o contratou foram Elisandro Spohr e Mauro Hoffmann. "Tratei com ambos.  A boate era um 'local muito bom'", afirmou, referindo-se ao ambiente de trabalho. O júri retorna sexta-feira, às 9h15min.

Correio do Povo