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Pesquisa do Hospital de Clínicas indica que café não é prejudicial para arritmia

Pacientes com insuficiência cardíaca foram acompanhados em teste durante dois anos

Pesquisa do Hospital de Clínicas indica que café não é prejudicial para arritmia | Foto: Ricardo Giusti / CP Memória
O Hospital de Clínicas de Porto Alegre divulgou pesquisa, em períodico científico internacional, que descarta efeitos nocivos da cafeína para pacientes que sofrem de arritmia. No estudo, pesquisadores analisaram 51 pacientes com insuficiência cardíaca e idade média de 60 anos, durante cerca de dois anos.

Conforme o HCPA, todos receberam café descafeinado, mas metade do grupo ingeriu cápsulas de cafeína (o equivalente a cinco expressos) e a outra metade ingeriu cápsulas de placebo. Na semana seguinte, os grupos foram invertidos. Além da ingestão das cápsulas, os pacientes foram submetidos também a testes de esforço em esteira. Ao final, os pesquisadores não constataram aumento das arritmias em nenhum dos grupos, seja em repouso ou durante os exercícios.

"Bebidas ricas em cafeína têm sido relacionadas a diversos sintomas cardíacos, como palpitações, taquicardia ou batimentos irregulares. Entretanto, nosso estudo mostrou que o consumo, a curto prazo, é seguro mesmo nos pacientes com alto risco de arritmias", avaliou o professor Luis Eduardo Rohde, chefe do Serviço de Cardiologia do HCPA e um dos autores da pesquisa.

De acordo com os autores, até hoje poucos estudos avaliaram o efeito de altas doses de cafeína em pacientes de alto risco de arritmia, ou seja, até o momento não existiam evidências sólidas para limitar o consumo da substância. A pesquisa foi co-orientada pelo professor Leandro Zimerman, chefe do Grupo de Arritmias e Eletrofisiologia do HCPA, que enfatiza: "a segurança em longo prazo ainda não está bem estabelecida". O artigo completo foi publicado esta semana no Jama Internal Medicine.

Correio do Povo