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Verão

Especial

Pinturas de crianças acolhidas pela FASC estão expostas na Casa de Cultura, em Porto Alegre

A exposição pode ser visitada até o dia 3 de abril

| Foto: Mauro Schaefer

Pinturas de crianças e adolescentes ligados à Fundação de Assistência Social e Cidadania (FASC) fazem parte de exposição “Artinclusão no AR7!” no Espaço Evelyn Berg Ioschepe, 5º andar, da Casa de Cultura Mário Quintana, no Centro de Porto Alegre. A exposição foi inaugurada na quinta-feira e pode ser visitada até o dia 3 de abril, das 10h às 20h.

Crianças e adolescentes com idade entre cinco e dezessete anos receberam aulas de artes, por meio de oficinas de pintura ministradas pelo fundador do projeto Artinclusão, o artista plástico, Aloizio Pedersen. "O principal objetivo era ver de que forma a arte poderia trazer lições de vida para crianças e adolescentes que passaram por traumas recentes, por meio da arte terapia", relata. "Crianças em abrigos, sem pai, sem mãe, é o maior delírio da vida dela. Aí que eu entro com a arte, que não tem palavras."

Pedersen mostrava aos alunos histórias de artistas por meio de vídeos e filmes e os convidava a se transformar no artista estudado. O Grito de Edvard Munch foi interpretado por Gustavo, um menino que conseguiu se identificar com a história do quadro. "Ele perdeu a mãe e a irmã, o pai não se interessava com ele. Eu o fotografei gritando, disse a ele 'dá teu grito com tudo que tu tens', e ele usou da foto para fazer a releitura", conta o professor. Diversos artistas foram estudados nas oficinas. "Sempre com a ideia de trazer um exemplo de alguém que sofreu tanto quanto eles, mas conseguiu se reerguer", afirma.

Cátia Lara Martins, presidente da FASC, notou diferenças nos jovens após as aulas. "É um trabalho que resignifica sofrimentos e fortalece as crianças para permanecer no abrigo e forças para superar a situação dentro da sua família", avalia.

As 33 oficinas, que ocorreram entre julho de 2019 e março de 2020, foram possíveis devido a um financiamento do Edital Porto Alegre Amanhã do Fundo Municipal de Apoio à Produção Artística e Cultural (FUMPROARTE), que destinou R$ 50 mil ao projeto. Com o valor, foram pagos os profissionais que trabalharam no projeto e adquiridos os materiais utilizados pelos participantes. A produtora executiva do Artinclusão, Carmela Grune, explica que, para dar continuidade ao projeto na FASC, são buscados compradores para os quadros expostos. "Estamos aceitando propostas para compra, mas elas não serão vendidas a preços simbólicos. A ideia é fazer um leilão. Estamos atentos a novos editais também."

Anteriormente, o Artinclusão realizou projetos similares com pessoas em situação de rua, pessoas privadas de liberdade, internos do Instituto Psiquiátrico Forense.

Giullia Piaia