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Verão

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População do Rio Grande do Sul cresce cada vez menos, diz estudo

Pesquisa foi elaborada pela Secretaria Estadual do Planejamento

| Foto: Guilherme Almeida

O Rio Grande do Sul fechou o ano de 2019 com 11.377.239 habitantes. O número representa um crescimento de 0,42% em comparação a 2018. No entanto, são cinco anos consecutivos de curva na descendente. Ou seja, a população gaúcha cresce, mas cada vez menos. Os dados divulgados nesta quarta-feira estão presentes no estudo "Estimativas populacionais por idade e sexo dos municípios do Rio Grande do Sul", elaborado pelo Departamento de Economia e Estatística (DEE) da Secretaria Estadual do Planejamento.

Outro registro de 2019 mostra que o crescimento vegetativo também está em queda. O dado é a diferença entre nascimentos e óbitos, sem contar os movimentos migratórios. A taxa de mortalidade está estável no Rio Grande do Sul, enquanto a taxa de natalidade está em queda. O estudo estima que, a partir do final da década de 2030, a população gaúcha deve começar a reduzir.

“As estimativas populacionais por idade e sexo são fundamentais tanto para o Estado quanto para a iniciativa privada. O Estado precisa desses números para fazer o acompanhamento das taxas de matrícula e para distribuir o correto número de vacinas para cada região, apenas para citar dois exemplos. Já a iniciativa privada necessita para conhecer onde está o seu público-alvo, o que possibilita um melhor atendimento da demanda”, destacou o diretor do DEE, Pedro Zuanazzi.

Regiões e Covid-19

O Litoral Norte e o eixo entre Porto Alegre e Caxias do Sul, com destaque para o Vale do Taquari, são as regiões gaúchas que mais crescem. Por outro lado, a população da metade Oeste está em queda. Zuanazzi observou que o crescimento populacional de Porto Alegre é estável. “Se a gente pegar o período de 2010 a 2019, a gente vê um crescimento percentual elevado no Litoral Norte. Nesses nove anos, crescimento de até 30% em alguns municípios”, pontuou.

Pedro Zuanazzi ainda comentou sobre os possíveis impactos da pandemia de Covid-19 no cálculo populacional. Para o pesquisador, a quantidade de mortes pela doença até agora no estado não deve alterar a estrutura etária de forma significativa. “Até aqui o Rio Grande do Sul teve menos de 4 mil óbitos (de Covid-19). No total, no ano passado, foram 89 mil óbitos. Essa quantidade de óbitos não é algo que vai fazer um grande efeito na estrutura etária populacional do Rio Grande do Sul no ano que vem”, observou. “O Rio Grande do Sul é o estado da federação, se não é o de menor excesso de óbitos, está entre os dois ou três menores”, completou Zuanazzi.

Mais idosos

Em relação a 2018, os dados de 2019 mostram pouca diferença nos números e confirmam uma tendência geral de baixo crescimento vegetativo e envelhecimento da população do Rio Grande do Sul, com aumento no contingente de idosos e redução no número de jovens.

As regiões do Vale dos Sinos e Paranhana concentram oito dos dez municípios (de população acima de 20 mil habitantes) com o maior percentual de moradores potencialmente ativos (entre 15 e 59 anos). Assim como em 2018, Dois Irmãos lidera o ranking, tendo 22.750 dos 32.913 habitantes nesta faixa etária (69,12%), seguido de Charqueadas (68,05%), Nova Hartz (67,70%), Parobé (67,50%) e Ivoti (67,35%).

Na outra ponta do ranking, dos municípios com menores percentuais da população entre 15 e 59 anos, estão Imbé (59,04%), São Sepé (59,51%), Santana do Livramento (59,78%), Tramandaí (59,79%) e Caçapava do Sul (59,83%).

No Estado, 7.221.167 pessoas estão na faixa etária hipoteticamente apta a produzir, o que representa 63,47% do total de habitantes.

Entre os idosos, São Sepé (24,15%), Caçapava do Sul (23,08%) e São Lourenço do Sul (22,65%) são os municípios com maior percentual da população com 60 anos ou mais, enquanto a média do Rio Grande do Sul é de 18,19%. Na faixa etária de 0 a 14 anos, Capão da Canoa (24,06%), Tramandaí (22,93%) e Alvorada (22,19%) estão no topo do ranking estadual.

No Estado em 2019, o percentual de jovens na população era de 18,34%. Lideram a lista com maior percentual nessa faixa etária Capão da Canoa (24,06%), Tramandaí (22,93%) e Alvorada (22,19%).

Mais mulheres 

Assim como em 2018, em 2019 as mulheres seguem sendo a maioria na população gaúcha, com cem pessoas do sexo feminino para cada 94,8 homens. Ao todo, as mulheres representam 51,33% dos habitantes do Estado. Entre os municípios com mais de 20 mil habitantes, Porto Alegre continua com o maior percentual de pessoas do sexo feminino (53,80%), seguida de Pelotas (52,96%) e Cruz Alta (52,83%).

Os municípios em que o percentual de homens é mais significativo são Charqueadas (59,73%), São Francisco de Paula (51,23%) e São José do Norte (51,08%).

 

Correio do Povo e Rádio Guaíba