Segundo o proprietário das companhias, Antonio Jaime Guimarães, na última quinta-feira, o Comando Rodoviário da Brigada Militar (CRBM)l comunicou que era necessário possuir uma licença do Departamento Estadual de Trânsito (Detran) e um cronotacógrafo – instrumento destinado a indicar e registrar, de forma inalterável e instantânea, a velocidade e a distância percorrida pelo veículo. Para voltar a atuar, as empresas também precisam atender a parâmetros relacionados com o condutor do veículo, tais como: o tempo de trabalho e os períodos de parada e de direção.
Veículos de carga com peso bruto acima de 4.536kg e os veículos de passageiros com mais de 10 lugares são obrigados pelo Código de Trânsito Brasileiro a possuir o instrumento. Ainda de acordo com Guimarães, caso as empresas trafegassem nessa segunda-feira pela ERS 377 – estrada estadual que liga o município a Manoel Viana e que passa pela localidade do Passo Novo – seriam autuadas.
Diante do impasse criado pela falta da documentação, os alunos resolveram fazer uma assembleia no auditório do Centro Profissionalizante Neyhta Ramos e informaram que nesta terça-feira não iriam ao Campus de Alegrete para nenhum curso. A direção da instituição já havia cancelado as aulas de segunda-feira.
Está marcada para hoje uma reunião entre representantes dos diretórios acadêmicos com empresas que realizarão o transporte dos alunos até o distrito do Passo Novo, durante o período de regularização. Na pauta, estão os novos itinerários e horários, bem como o valor das passagens, já que os alunos já pagaram pelo transporte às empresas impedidas de fazer o serviço.
Ficou acertado também que a empresa Planalto fará o transporte dos alunos no período da manhã, porém, os alunos deverão comprar passagem na rodoviária e embarcar no local. Já a empresa Nogueira Transporte fará o serviço durante a noite. Os alunos apontaram outros problemas nos coletivos como segurança, superlotação, atrasos e problemas constantes de mecânica.
Alair Almeida / Correio do Povo