A vacinação contra a Covid-19 será liberada para homens e mulheres de 48 anos de idade ou mais nesta segunda-feira em Porto Alegre. A confirmação é do secretário municipal da Saúde, Mauro Sparta, à reportagem do Correio do Povo durante a visita realizada na manhã deste domingo à unidade móvel da SMS, que está no Centro Social Marista Irmão Antônio Bortolini, no Loteamento Santa Terezinha (antiga Vila dos Papeleiros), na rua Voluntários da Pátria.
O público vacinado no local é de mulheres com 49 anos ou acima desta faixa etária, bem como de grupos anteriores. Estão sendo aplicadas primeira ou segunda dose das vacinas AstraZeneca e Coronavac. "Quem não se vacinou deveria vir", disse Flávio Machado, 22 anos, que esperava a primeira dose. "Nos dias da semana estava trabalhando, mas domingo para mim é mais fácil. Estava na expectativa de fazer e nunca fazia. Estou aliviada e agora é esperar a segunda dose". declarou por sua vez Délcia Laureano Chaves Novais, 55 anos.
“Na terça-feira pretendemos ir até os 47 anos”, afirmou o secretário municipal da Saúde. A imunização será feita em 12 unidades de saúde e em três drives-thru, montados no Big Sertório, Big Barra Shopping e na PUCRS.
A ampliação das faixas etárias foi possível pela chegada de mais 51.702 doses de vacina na última sexta-feira. Trabalhadores do transporte coletivo também serão beneficiados a partir de segunda-feira, recebendo as doses nas próprias empresas.
“Vamos aumentando dia a dia enquanto tiver vacina e já tem a notícia de que durante a semana vamos receber mais um lote de vacina”, frisou o secretário municipal da Saúde.
“Esta semana vamos atingir um milhão de pessoas vacinadas, entre a primeira e a segunda dose. É um motivo para comemorar”, destacou Mauro Sparta. “Porto Alegre continua vacinando bastante. No sábado foram quase quatro mil pessoas”, lembrou. “Queremos rapidamente vacinar a maioria das pessoas”, enfatizou.
Já a coordenadora das políticas públicas de saúde da SMS, Elaine Oliveira, explicou que a unidade móvel está todos os domingos em uma comunidade da cidade. “O que analisamos: o grau de vulnerabilidade daquela comunidade e como está a vacinação naquela região”, resumiu, acrescentando que o objetivo é possibilitar que outras pessoas possam “ter acesso e não deixarem serem vacinadas”.
“Queremos que todos de fato possam ter o que o Sistema Único de Saúde (SUS) prevê, que é a equidade. É dar melhores facilidades de acesso àqueles que têm menos condições”, destacou. Elaine Oliveira citou, como exemplo, o próprio Loteamento Santa Terezinha. “Esta é uma comunidade bastante vulnerável e onde também tem uma grande concentração de pessoas em situação de rua”, observou. “Para nós cada pessoa conta”, assegurou Elaine Oliveira.
Correio do Povo