Das 11h às 19h, 15 expositores se concentraram numa quadra da rua São Carlos, onde todas as construções são patrimônio histórico. “Queremos propor que as pessoas possam passear, circular, se movimentar tranquilas. Assim como a proposta em relação às mercadorias, é uma troca. Se os moradores e visitantes estiverem vivenciando o lugar, talvez os clientes da prostituição não se sintam tão a vontade para aparecer”, afirma Helena Prates, da comissão de eventos. Ela conta que a associação já contatou o governo e polícia, mas nunca obtiveram ações resolutivas. “Convivemos com a prostituição e tudo que a acompanha, como trafico e violência”, conta o poeta Ricardo Silvestrin. Integrante da associação, ele também abriu portas e janelas de sua própria casa e expôs na rua suas roupas e mercadorias para a venda ou troca.
Formada há três meses, pouco tempo depois da criação de um Hostel na rua, que atrai viajantes de todo mundo perturbados pelo comércio do sexo, a associação tem outros planos para revitalizar a região, como sediar uma feira livre das 16h às 20h e adotar a praça Florida.
Quem quiser expor no brechó, levando roupas, objetos, cds, livros, vinis, artesanato ou obras artísticas pode se cadastrar de forma totalmente gratuita. Contatos com Helena pelo telefone 3026-6720 ou pelo site www brecobalaiodegatos.com.br
Leda Malysz / Correio do Povo