A artesã Laci Soares, de 50 anos, bebe, em média, duas garrafas de água por dia. No seu trabalho, na Praça da Alfândega, onde atua há 30 anos, ela fica isolada de locais onde possa buscar água. “Se eu não trouxer água de casa, não tomo o dia inteiro, porque não há bebedouros públicos próximos”, reclamou.
O mesmo problema é enfrentado pelo engraxate Milton Freitas da Rosa, de 59 anos. Ele busca água em prédios públicos e conta com a sorte para se hidratar durante o verão. “Isso quando o segurança é amigo e deixa pegar água, mas às vezes não tem onde abastecer a garrafinha”, contou. “Seria muito bom ter um local que pudéssemos ter água durante o dia”.
O aposentado Alicio Mantovani, de 78 anos, também concorda com a implantação de mais bebedouros públicos. Porém, os equipamentos devem ser monitorados. “Tem que ter sim, mas desde que seja cuidado. Tem muita gente que estraga, suja e daí não tem como usar”, observou. “Tem que haver conscientização das pessoas”.
A prefeitura não disponibilizou, até o final da semana passada, informações sobre o número de bebedouros existentes na cidade. A reportagem encontrou apenas cinco bebedouros espalhados pelo Parque Farroupilha.
Correio do Povo