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Prefeitos da Região Metropolitana alertam para superlotação de emergências

Crescimento de casos de síndrome respiratória acende alerta

Região metropolitana está em alerta | Foto: Alina Souza

O crescimento dos casos de síndrome respiratória e da busca por atendimentos dos serviços de urgência e emergência acenderam o alerta em municípios da Região Metropolitana, que passaram a registrar superlotação nas unidades de saúde na última semana. Por conta da demanda elevada, muitos usuários estão buscando atendimento em Porto Alegre, o que acaba pressionando o sistema de saúde. Em reunião com a Associação dos Municípios da Região Metropolitana de Porto Alegre (Granpal) e secretários municipais, a Secretaria Estadual da Saúde (SES) destacou a necessidade de ampliar o acesso de leitos clínicos que estejam ociosos para desafogar a Capital.

A secretária estadual da Saúde, Arita Bergmann explicou que o aumento da ocupação de leitos clínicos e de UTI se deve ao crescimento de casos confirmados para a Covid-19 e de dengue, além do atendimento da demanda reprimida durante a pandemia, como as cirurgias eletivas. "Nesse sentido, conforme for evoluindo o aumento do número de casos Covid-19, vamos avaliar no grupo de trabalho da Saúde para orientar o Gabinete de Crise se há necessidade ou não de voltar a obrigatoriedade (do uso de máscaras). Esperamos que não", ressaltou. Diante desse cenário, Arita reconheceu que houve aumento por procura nas emergências.

"A recomendação para o uso de máscaras se faz necessária. Muitos municípios, inclusive nas atividades das escolas, já estão pedindo para as crianças voltarem a usar, porque as crianças se abraçam. É um público que está muito junto, em sala de aula fechada, então a transmissão também acontece e acaba levando para o seu familiar, para o seu avô, para as pessoas com quem convive", salientou. Em função do aumento de casos, o governo do Estado vai lançar uma campanha alertando para a importância da população completar o esquema de vacinação e tomar a dose de reforço.

O desabastecimento de medicamentos também foi uma das questões tratadas no encontro. "Os municípios estão levantando quais são as demandas de insumos que eles não conseguiram ou não estão conseguindo abastecer. E nós também vamos fazer levantamento de qual é a necessidade em relação aos hospitais para irmos atrás de soluções", observou, acrescentando que alguns municípios já relataram falta de soro. Em junho, o governo do Estado também vai lançar um programa de telemedicina pediátrica intensivista para garantir assistência a crianças em várias regiões do Estado. Com o programa de telemedicina pediátrica, Arita afirmou que o objetivo é criar um ambiente qualificado de atendimento intensivo nas portas de entrada de urgência e emergência no Estado.

Mesmo com pedido de ajuda dos municípios, Arita cobrou maior engajamento das prefeituras no processo de vacinação contra a Covid-19 e a Influenza. "Temos que nos preocupar também com a vacinação. Os indicadores de cobertura vacinal demonstram que tem muita gente que não fez o esquema completo e não fez a dose de reforço", alertou. O presidente da Granpal, Rodrigo Battistella destacou a preocupação dos prefeitos com a superlotação das emergências das cidades. "Quase duplicou os atendimentos, principalmente de pacientes com síndromes gripais e respiratórias, em especial as crianças", afirmou.

Acompanhado de secretários municipais da saúde da Região Metropolitana, Battistella explicou que o objetivo do encontro é buscar soluções para melhorar o fluxo interno entre as cidades. "A gente sai daqui com uma missão de que cada cidade, cada município, possa ver o que possa aumentar de leitos de UTIs, sejam eles pediátricos ou de todas as ordens pra que a gente possa enfrentar esse inverno", salientou. "Temos uma densidade populacional muito forte em 19 municípios. E isso obviamente causa um gargalo de atendimento na área da saúde e uma superlotação de todas essas emergências", completou.

Felipe Samuel