Após decisão do ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (STF), no início da semana, que determinou ao governo federal a divulgação da ordem de preferência entre os grupos prioritários para a vacinação contra a Covid-19, a Prefeitura de Porto Alegre vai aguardar posição do Ministério da Saúde para retomar a vacinação das diversas categorias de profissionais de saúde no processo de vacinação contra a Covid-19. Com a medida do ministro Lewandowski, a programação de vacinação prevista para ser realizada a partir de quarta-feira, no Centro de Saúde IAPI, acabou suspensa.
Conforme o secretário da Saúde, Mauro Sparta, o ministro exige que o governo federal detalhe a ordem de preferência em grupos prioritários. Por conta disso, a Prefeitura alterou o planejamento de vacinação e confirmou que vai aguardar orientação do Ministério da Saúde, que tem até segunda-feira para responder os questionamentos do ministro. "Estávamos nesse impasse e decidimos suspender a vacinação e aguardar a decisão do ministério, que vai decidir como será o regramento para profissionais de saúde", observa.
Segundo Sparta, o objetivo é priorizar a vacinação a profissionais que atuam diretamente no combate à Covid-19. Ele alerta, no entanto, que a maior parte dos profissionais que atuam na linha de frente no combate à doença já receberam imunizantes. "As pessoas que trabalham em clínicas, consultórios, laboratórios, essas turma que estava sendo feita a vacinação. E começou o impasse desse grupo que teria preferência", ressalta.
O secretário afirma que conselhos de diversas categorias passaram a encaminhar listas de profissionais de saúde para vacinação. "Um conselho com 13 mil associados mandou uma lista, mas só temos 12.990 doses. Não temos como fazer assim. E é de uma profissão que não atua diretamente com Covid-19", observa.
A partir da manifestação do ministro Lewandowski, a prefeitura aguarda uma orientação do governo federal até segunda-feira para retomar o cronograma. "Como o ministro deve ter sido acionado por muitas prefeituras, ele fez questionamentos ao Ministério da Saúde. Por isso resolvemos suspender até obter uma resposta oficial", frisa.
Felipe Samuel