Mecanismos de controle nas principais farmácias distritais revelaram que pelo menos 40% dos medicamentos distribuídos gratuitamente são retirados por usuários de outras cidades. O secretário lembrou que todas as cidades recebem recursos do governo federal proporcionalmente ao número de habitantes (R$ 5,10 para cada pessoa).
Ainda assim, o gasto com medicamentos dobrou nos últimos quatro anos na Capital. Ritter ressaltou que o repasse da União não sofre reajuste desde 2013, mas o valor de medicamentos chegou a aumentar até 600%. Segundo o secretário, a obrigação da prefeitura é contribuir com R$ 3,4 milhões ao ano, mas o gasto chega a R$ 15,7 milhões – R$ 12,3 milhões a mais.
Com esse valor, a Secretaria de Saúde espera investir em outras necessidades de saúde pública, como a construção de cinco novas unidades, reforma de 40 postos, compra de 85 ambulâncias e implementação de uma UTI Neonatal com 30 leitos.
A maioria dos usuários de fora de Porto Alegre reside em Alvorada, Guaíba, Canoas, Cachoeirinha e Viamão. Uma das explicações para essas pessoas não recorrerem ao serviço nos seus municípios é que muitas vêm fazer tratamentos em hospitais referência da Capital, buscando medicamentos na mesma cidade.
Rádio Guaíba