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Presidente da Unimed diz que hospitais superfaturam remédios em mais de 5.000%

Jorge Guilherme Robinson denunciou prática ilegal para casas de saúde terem lucros na CPI das Próteses

Jorge Guilherme Robinson denunciou prática ilegal para casas de saúde terem lucros na CPI das Próteses | Foto: Marcos Eifler / ALRS / CP
Presidente da cooperativa Central Unimed-RS, o médico Jorge Guilherme Robinson denunciou, nesta quarta-feira em depoimento à CPI das Próteses e Medicamentos da Assembleia Legislativa, que a maioria dos hospitais gaúchos eleva o valor para compra de remédios em mais de 5.000%. Robinson assegurou que diferentes medicamentos são adquiridos via indústria farmacêutica e revendidos, de forma superfaturada para planos de saúde atenderem os pacientes, ou diretamente para o Instituto de Previdência do Estado (Ipergs).

Conforme lei federal de 1973, os hospitais não podem lucrar com essas vendas, uma vez que não possuem liberação de farmácia. Conforme Robinson, 50% do faturamento das casas de saúde do Estado é proveniente dessa comercialização ilegal. O presidente da Central Unimed-RS contou, ainda, que os hospitais escolhem comprar os medicamentos mais caros e mais utilizados pelos pacientes.

Durante a CPI, a sócia-fundadora da empresa Qualirede, de Florianópolis, destacou ações realizadas pela consultoria em gestão de saúde, que transformaram em saudável o quadro financeiro do IPE de Santa Catarina. Irene Minikovski Hahnda defendeu investimentos na área de hotelaria e hospedagem dos hospitais para reverter o quadro financeiro, por exemplo. Com a valorização do sistema, segundo ela, os hospitais podem obter lucros legalmente.

A CPI das Próteses também ouviu a vítima de Viamão Rosane Elenice Krul, de 48 anos, que implantou 16 parafusos importados no valor de R$ 240 mil no Hospital Divina Providencia. Em 2012, o plano de saúde Golden Cross (hoje Unimed) pagou pela operação sem a necessidade de liminar judicial.

O inquérito parlamentar busca detalhar, até outubro, a atuação da chamada “máfia das Próteses”, esquema que envolvia procedimentos realizados nas redes pública e privada de saúde. Os alvos da investigação incluem médicos e empresários relacionados a fraudes envolvendo cirurgias superfaturadas para o implante de órteses e próteses.

Lucas Rivas/Rádio Guaíba