A movimentação das pessoas de 23 anos ou mais foi intensa na manhã desta quinta-feira nos postos de saúde de Porto Alegre para vacinação contra a Covid-19. No auditório do colégio Júlio de Castilhos, referência para o Centro de Saúde Modelo, havia mais de 70 pessoas na fila aguardando para entrar no prédio da instituição de ensino. Militares do Exército organizavam a fila que chegava até a frente da escola na avenida Piratini.
A imunização contra o coronavírus também foi realizada no drive-thru do Bourbon Wallig (onde as pessoas podiam chegar de carro ou a pé) e no shopping Total. Nos mesmos locais, continuou a ser feita a vacinação dos adolescentes com comorbidades a partir de 12 anos (primeira dose) e gestantes e puérperas (segunda dose). A circulação de homens e mulheres de 23 anos também foi intensa na unidade de saúde Santa Cecília, no bairro Santana, e no Centro de Saúde Santa Marta, no Centro Histórico.
No auditório do Julinho, não houve o registro de aglomerações para quem foi realizar a aplicação da primeira dose do imunizante da Pfizer. O biólogo Henrique Oliveira, 23 anos, disse que estava há mais de um ano esperando pela imunização.
"Estou muito feliz. Mas, a imunização contra a Covid-19 no Brasil podia ter sido feita antes", destacou o jovem que vai tomar a segunda da vacina no mês de outubro. Já Mylena Borges, 23 anos, estudante de Administração, afirmou que o sentimento era de alívio. "Estava ansiosa que chegasse esse dia", acrescentou. No auditório da escola, também foi aplicada a segunda dose das vacinas da AstraZeneca e da Coronavac.
O agendamento pelo aplicativo 156+POA segue mantido para a aplicação da primeira dose. Além das unidades Morro Santana, Tristeza e São Carlos, que já ofereciam o serviço no período noturno (das 18h às 21h), mais três unidades abriram agendas para o período diurno: Diretor Pestana (9h às 16h), Nossa Senhora de Belém (9h às 16h) e Passo das Pedras 1 (7h às 17h).
A aplicação da primeira dose continua a ser feita para os públicos já contemplados anteriormente na campanha: profissionais de saúde e de apoio à saúde; pessoas com deficiência a partir de 18 anos; pessoas com comorbidades a partir de 18 anos; funcionários das escolas municipais, estaduais e particulares de ensino infantil, fundamental, médio, técnico e superior; gestantes e puérperas; cuidadores de crianças ou adolescentes com deficiência permanente e lactantes - que estejam amamentando bebês com até 12 meses.
A aplicação da segunda dose segue disponível em 32 unidades de saúde e 9 farmácias parceiras para quem recebeu AstraZeneca há, pelo menos, dez semanas e em 12 unidades de saúde para todos que receberam a primeira dose de Coronavac há 28 dias. Não houve aplicação de segunda dose Pfizer para o público em geral, pois não existem pessoas com doses com prazos determinados para o período.
O Ministério da Saúde determinou que desde o dia 14 de junho o intervalo entre a primeira e a segunda dose da vacina da Pfizer é de dez semanas. Para segunda dose, é necessário levar identidade com CPF e carteira com registro da primeira aplicação.
Cláudio Isaías