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Verão

Especial

Procura por unidades de pronto-atendimento aumenta 50% em Porto Alegre

Secretaria Municipal da Saúde aponta alta no número de atendimentos de pacientes com sintomas gripais

| Foto: Mauro Schaefer

As festas de fim de ano e as aglomerações verificadas em várias cidades do Rio Grande do Sul, especialmente no litoral, começam a refletir no sistema de saúde. Na Capital, a Secretaria Municipal da Saúde (SMS) confirmou que nesta terça-feira 270 pacientes buscaram atendimento nas quatro Unidades de Pronto-Atendimento nas últimas 24 horas, o que representa um aumento de 50% em relação à média das últimas duas semanas.

De acordo com a SMS, em média são realizados 180 atendimentos por dia. Com relação ao Pronto Atendimento da Bom Jesus (PABJ), a secretaria informa que na madrugada de terça-feira havia três médicos clínicos e dois pediatras de plantão, número considerado suficiente para atender a demanda. Na tarde desta terça-feira, conforme monitoramento da SMS, a taxa de lotação do PABJ era de 357,14%, com 25 pacientes em observação. Além disso, pelo menos 121 pessoas aguardavam por atendimento na unidade.

Outros pronto-atendimentos registraram movimento acima da média das últimas semanas: PA da Cruzeiro do Sul (100% de lotação), PA da Lomba do Pinheiro (155,56%) e UPA Moacyr Scliar (147,06%), onde pelo menos 115 usuários aguardavam atendimento. Até a tarde de ontem, a taxa geral de lotação das UPAs era de 118,89%. A SMS atribui o crescimento da demanda após o período de festas de final de ano.

Conforme a SMS, houve aumento no número de atendimentos de pacientes com sintomas gripais - a maioria de casos leve. Em nota, a SMS ressalta a importância de os usuários buscarem os PAs somente em casos de emergência, para não sobrecarregar o serviço e dar prioridade a quem realmente precisa.

Casos de síndrome gripal são maioria nos pronto-atendimentos

Coordenador municipal de Urgências da Secretaria Municipal da Saúde de Porto Alegre, Daniel Lenz Faria Corrêa explica que a demanda pelos serviços de urgências desde segunda-feira é reflexo de uma série de fatores, como aumento de circulação de pessoas na cidade e as festas de fim de ano. "De modo geral, a ocupação dos pronto-atendimentos está bem acima da média", reconhece.

Apesar disso, Corrêa ressalta que a maioria dos atendimentos são de casos leves, ou seja, de baixa complexidade. "Os casos de síndrome gripal predominam em relação a outras doenças. Apenas dois pacientes com síndrome gripal aguardavam por leito para transferência", afirma. Segundo Corrêa, a primeira semana de janeiro normalmente é marcada pelo maior número de usuários nas unidades de saúde, o chamado efeito 'rebote', após um período de diminuição dos atendimentos na segunda quinzena de dezembro.

Ele destaca que houve 'pico' de atendimentos no dia 27, logo depois do Natal. "E agora na segunda-feira 'estourou' aumento porque a gente viu que a cidade estava bem vazia nos últimos dias e ontem voltou um pouco mais o normal", compara, acrescentando que não houve redução do quadro de profissionais da saúde. "Felizmente o que a gente está vendo é que essas síndromes gripais todas são bem leves, diferente do que a gente experimentou em março, abril, que foi um verdadeiro problema na cidade. Hoje as coisas estão bem tranquilas do ponto de vista de leitos, de gravidade", completa.

A expectativa, no entanto, é de que a procura por atendimento a pronto-atendimentos volte a apresentar crescimento na próxima semana, como consequência das festas de fim de ano. "A gente ainda não sentiu porque é muito recente, mas no Natal teve aglomeração, e a gente está com circulação da Influenza H3N2 e a nova variante da Covid-19, a Ômicron", destaca. Sobre a possibilidade de a Capital começar a registrar casos de "Flurona", coinfecção por Covid-19 e Influenza, Corrêa diz que é questão de tempo. "Estamos monitorando, mas a gente sabe que vai acabar chegando", afirma.

Felipe Samuel