Dirigentes da CEEE chegaram ao local do protesto por volta das 14h, quando prometeram encaminhar equipes para podar galhos de árvores nos fios e consertos na rede. No início da tarde, com o bloqueio da estrada por meia hora, a fila de veículos parados chegou a três quilômetros. Essa foi a maior parada, já que as demais interrupções no tráfego foi de dez minutos.
O coordenador regional da Federação dos Trabalhadores na Agricultura Familiar do Rio Grande do Sul (Fetraf-Sul), Luís Clairton Weber, salientou que o aumento da carga de energia elétrica é extremamente necessário para os produtores, assim como o acréscimo de 50 homens para atender as urgências na região, limpeza e manutenção das redes. Também pediu empenho para a construção imediata de novas redes em substituição às atuais, “sucateadas, algumas com mais de 30 anos, quando não existiam resfriadores de leite, estufas elétricas para o fumo e acesso a eletrodomésticos”.
O gerente regional da CEEE, Marco Gernaro Wolowisk, considerou o movimento como legítimo e pacífico. Os problemas na rede foram atribuídos à falta de manutenção nas duas últimas gestões. Aliado a isso, a alta tecnologia no meio rural, segundo ele, contribuiu significativamente para a queda. “A demanda em todo o Estado foi muito grande e não tivemos poder de fogo para atacar todos. São Lourenço foi um deles”, admitiu. Ele garantiu que destinará equipe ao meio rural para cortar galhos que estão sobre a rede e também são responsáveis pelas quedas de energia.
Luciara Schneid