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"Reformas contribuíram para tragédia", diz primeira testemunha do julgamento da Kiss, Kátia Siqueira

Depoimento teve início por volta das 14h15 e se estendeu até às 19h15 desta quarta-feira, no Foro Central de Porto Alegre

Sobrevivente foi a primeira testemunha a falar | Foto: Ricardo Giusti

O depoimento da primeira testemunha do julgamento da Boate Kiss, Kátia Geane Pacheco Siqueira teve início por volta das 14h15 e se estendeu até às 19h15 desta quarta-feira 1, no Foro Central de Porto Alegre. Durante mais de quatro horas, a testemunha respondeu a perguntas de representantes do Ministério Público e dos advogados de defesa dos réus  Elissandro Callegaro Spohr, Mauro Londero Hoffmann, Marcelo de Jesus dos Santos e Luciano Bonilha Leão, acusados de homicídio simples com dolo eventual pelo incêndio na Boate Kiss, em 27 de fevereiro de 2013.

A ex-funcionária da boate, que trabalhava quando era solicitada, afirmou que no dia do incêndio chegou às 23h na casa noturna. "Neste horário já tínhamos que estar com os uniformes e os clientes começavam a entrar", destacou,  lembrando que encontrou dentro da boate uma amiga que morreu na tragédia. Kátia afirmou ainda  que na noite da tragédia não haviam extintores na boate, tampouco bombeiros, quando o fogo começou.  Ela relatou também que era comum o uso de artefatos e que a boate só tinha uma saída, mas estava bloqueada por barras metálicas. "As reformas da boate contribuíram para a tragédia. Com tudo o que fizeram na reforma, como a elevação do palco e a colocação de espuma, eles tentaram matar a gente", afirmou.

Ainda durante o depoimento, Kátia Geane destacou que parte da iluminação da boate caiu e o público gritava "fogo e briga".  Ela contou que naquele momento teve 40% do corpo queimado e acordou após 21 dias, internada num hospital de Porto Alegre.

Durante o testemunho de Kátia, o juiz Orlando Faccini Neto advertiu os advogados de defesa para fazerem perguntas pertinentes à testemunha.  O juiz encerrou o depoimento por volta das 19h15 e determinou um intervalo até às 20h.

Sidney de Jesus