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Verão

Especial

Rio dos Sinos está 1,3 metro abaixo do nível normal em São Leopoldo

Situação do Rio Gravataí também é preocupante e deixa municípios em estado de alerta

Municípios estão em alerta por causa da diminuição do nível dos rios | Foto: Vinícius Roratto
Os sinais da estiagem são visíveis às margens dos mananciais da Região Metropolitana. A situação se agrava diariamente em São Leopoldo, onde o Rio dos Sinos atingiu, nesta quarta-feira, a marca de 1,2 metro – 1,3 metro abaixo do normal para o período. Do alto da Ponte 25 de Julho, localizada nas proximidades da Estação Rodoviária, é possível avistar bancos de areia, onde se pode caminhar com a água batendo nos pés em um trecho em que, antes da seca, a água ficava um pouco acima da cintura. “Entramos em situação de alerta quando o nível atingiu a marca de 1,5 metro”, explicou o coordenador da Defesa Civil, Silomar Roberto Gomes.

Em área destinada à prática da canoagem, com acesso pela Rua da Praia, o quadro é igualmente preocupante. Em razão do reduzido volume de água, a captação fica comprometida por causa da elevada concentração de materiais orgânicos. Os agentes poluidores dificultam a operação dos equipamentos do Serviço Municipal de Água e Esgotos (Semae). “O processo de purificação é mais complexo, pois há necessidade de limpeza frequente dos filtros das bombas de captação”, observou.

Em São Leopoldo, um decreto do prefeito Ary Vanazzi disciplina o uso racional da água. A medida foi adotada devido à situação preocupante dos mananciais da Bacia Hidrográfica do Rio dos Sinos, em decorrência da escassez de chuva. A água deve ser utilizada para fins estritamente essenciais. Quem descumprir a determinação pode ser penalizado com multas que partem de 50 Unidades Padrão Municipal (UPMs), podendo ser elevadas para 100 e 250 UPMs em caso de reincidência. O valor unitário da UPM corresponde a R$ 2,10.

Rio Gravataí

O quadro é de alerta também nas cidades abastecidas pelo Rio Gravataí. A situação do manancial é crítica, principalmente no Passo dos Negros, onde a Companhia Riograndense de Saneamento (Corsan) capta água, o nível que normalmente está em 2 metros acima do nível do mar, nesta quarta-feira apresenta volume de apenas 28 centímetros. Já no Balneário Passo das Canoas, uma das réguas de medicação está totalmente à mostra e, a outra, sinalizava 45 centímetros em ponto onde o normal seria que a água estivesse 1,5 metro acima do nível do mar.

O Rio Gravataí abastece mais de 1 milhão de pessoas das cidades de Gravataí, Cachoeirinha, Alvorada, Viamão, Glorinha, Santo Antônio da Patrulha, Canoas (zona Norte) e Porto Alegre (zona Norte). A prefeita de Gravataí, Rita Sanco, afirma que a situação é semelhante a enfrentada em 2005. Ela faz um apelo pelo uso racional da água. O ideal, conforme a prefeita, seria que a água potável fosse reserva exclusivamente para consumo humano. As demais destinações devem priorizar o reaproveitamento da água da chuva.

Rio Guaíba

O recuo da água é também expressivo no Guaíba. No trecho entre a Usina do Gasômetro e o Anfiteatro Pôr do Sol e na orla de Ipanema é possível avistar pedras e também elevada quantidade de resíduos sólidos lançados no manancial. Os flutuadores do Bar Pôr do Sol Flutuante estão à mostra. “O nível baixa diariamente”, atestou o gerente do estabelecimento comercial, Jefferson Centeno. Em Porto Alegre, ainda não há problemas para o abastecimento, mesmo com o Guaíba estando apenas 51 centímetros acima do nível do mar nas proximidades do Parque da Harmonia.

Já na Ilha da Pintada, o nível reduziu 20 centímetros em apenas 48 horas, caindo de 62 para 42 centímetros. “Nos meses de janeiro e fevereiro, o nível médio fica na faixa dos 50 centímetros”, explicou o coordenador da Defesa Civil, Leo Antônio Bulling. A equipe técnica do Departamento Municipal de Água e Esgotos (Dmae) assegura que nos pontos onde ocorre a captação o nível a situação ainda está sob controle, sem risco de desabastecimento.

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Luciamem Winck / Correio do Povo