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Rodoviários de linhas da zona Sul prometem protesto na madrugada de sexta em Porto Alegre

Grupo paralisou atividades na quinta contra demissão de colega, que é delegado sindical

Ônibus foram parados em protesto na zona Sul | Foto: Fabiano do Amaral

De braços cruzados, rodoviários da Restinga Transportes Coletivos (Tinga), decidiram paralisar as atividades no fim da tarde desta quinta-feira. Dezenas de funcionários se postaram em frente aos veículos da frota que atendem ao bairro de Porto Alegre, no terminal localizado na rua Coronel Massot. O ato foi uma resposta à demissão de um motorista, delegado sindical, na manhã desta mesma quinta-feira. Eles pretendem repetir a manifestação a partir das 4h de sexta-feira, com o acréscimo de profissionais da empresa Trevo.

O funcionário em questão é Rodrigo Almeida, mais conhecido como Digão. Ele foi demitido por justa causa devido à suspensão de sua Carteira Nacional de Habilitação (CNH). O motorista alega que não sabia do fato, ocorrido ainda em 2019, e que trabalhava normalmente até a última quarta-feira. “Nunca ninguém foi demitido por isso. Se a CNH é bloqueada, o funcionário é repassado a outro setor até a regularização”, conta Digão. “É uma perseguição pelo fato de eu ser delegado sindical da categoria e fazer reivindicações”.

Cerca de 30 itinerários de dez linhas ficaram comprometidos por conta da paralisação. “Amanhã (sexta-feira), voltaremos aqui, para impedir os ônibus de saírem. É uma greve de quem trabalha nas linhas da Restinga”, garantiu.

Entre as reivindicações lideradas por Digão é o que ele chama de descumprimento por parte da empresa das medidas provisórias, ainda vigentes, tomadas em virtude da pandemia. “Estamos trabalhando em 100% do horário, sem redução, mas recebendo apenas 75% do salário. Sem falar que, desde março, o vale-refeição caiu de R$ 27,50 para R$ 20”, reclama o motorista. Contatada ao final da tarde desta quinta-feira, a Associação dos Transportadores de Passageiros de Porto Alegre (ATP) ainda não se posicionou sobre o assunto.

A Restinga Transportes Coletivos informou que “o colaborador encontrava-se suspenso há meses por infração de trânsito cometida com seu veículo particular (transpor bloqueio da polícia)”, sem avisar a empresa, que ficou ciente da situação na tarde da quinta-feira. Segundo nota enviada à reportagem,

Digão “optou por ocultar o fato do empregador e seguir suas atividades laborais à margem da lei, sem sequer buscar a realização dos procedimentos impostos a ele pelas autoridades para a recuperação de sua CNH”, o que motivou o desligamento.

Christian Bueller