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Verão

Especial

RS quer gestão privada para zoológico de Sapucaia do Sul

Parque onde 1,1 mil animais vivem terá concessão da administração

Elefanta é o animal mais antigo no zoo e conta com cuidados especiais | Foto: Fernanda Bassôa / Especial / CP
Pesando cerca de 4 toneladas, Pink, a elefanta de 46 anos – o animal mais antigo do Parque Zoológico de Sapucaia do Sul – tem destino incerto. O projeto de lei do Executivo estadual que prevê a extinção da Fundação Zoobotânica (FZB), à qual o parque é vinculado, coloca em xeque o destino dos 1,1 mil animais que lá vivem. Chegada ao local com 3 anos, hoje, a elefanta vive em área de pouco mais de 8,4 mil metros quadrados.

A bióloga do setor de zoologia do parque, Vanessa Souza, conta que ela desfruta de recinto com dois quartos e pátio de 90 metros quadrados. “A casa fica aberta o dia inteiro, dando à ela a liberdade de optar entre ficar na rua ou dentro da estrutura. Ainda tem uma piscina de superfície, mas ela prefere mesmo é o banho de terra, de lama e de mangueira.” Já a tratadora e especialista no manejo e condicionamento de elefantes, Taís Bortolli, diz que o animal passa por um condicionamento diário, com sessões de 15 minutos.

“O objetivo é o bem-estar dela. É o momento em que examinamos a boca, a tromba, que aplicamos alguma medicação, treinamos um novo comando e cuidados das unhas.” O tratamento das unhas é fundamental, diz Taís, pois previne doenças importantes. Entre ração, frutas e verduras, Pink consome diariamente 100 quilos de alimentos e ganha melancia nas segundas, quartas e sextas-feiras. “A estimativa de vida dos elefantes é de 80 anos.”

Os próximos anos de Pink devem ter nova gestão. A Secretaria Estadual do Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Sema) informou que o projeto de lei encaminhado à Assembleia Legislativa que trata da extinção da FZB, declara o Jardim Botânico em Porto Alegre, o acervo do Museu Rio-Grandense de Ciências Naturais e o Parque Zoológico como integrantes do Patrimônio Ambiental do Estado a serem preservados. O acervo das instituições passa à gestão da Sema, que criará novo departamento para desempenhar as funções hoje a cargo da FZB.

A secretária Ana Pellini destaca que o governo reconhece o valor ambiental e social que as instituições têm para a comunidade gaúcha e, por isso, o Estado permanece como protagonista. “Não haverá privatização do zoológico e sim concessão do espaço à iniciativa privada. Ou seja, o parque vai continuar sendo um bem público, sob o comando de um ente público, concedido a um parceiro privado com uma série de regras a serem seguidas”, afirmou. Nesta terça-feira, às 9h, haverá um abraço simbólico à FZB no Jardim Botânico, em Porto Alegre.

Fernanda Bassôa