Giglio gasta em média 100 quilos de ração por dia, mas precisa reforçar a alimentação com pão velho recolhido de algumas padarias do Litoral. Ele também recebe, como doação, resto de carne e ossos de açougues da região. “Tenho apoio de veterinários que fazem o trabalho me cobrando menos, mas mesmo assim os gastos são altos”, comentou.
Todos os animais fêmeas são castrados, além do gasto com medicamento e material de limpeza. Por isso, Giglio está sempre de braços abertos para receber doações de quem se preocupa com seus cães e gosta de animais. “Assim, as pessoas podem adotar um cão sem levá-lo. Me parte o coração quando algum dos cachorros vai embora. Já tentei doá-los, mas não consigo”, revelou o tratador.
Muitos dos animais estão há muito tempo vivendo no sítio São Francisco de Assis. Lambes é o mais velho, com 17 anos, há 15 sob o olhar de Giglio. No espaço estão Rotweillers, Pinchers, Poodles, Pitbulls, Dogue Alemão e São Bernardo, entre outras raças conhecidas, mas a maioria é vira-lata mesmo. Para Giglio, todos são iguais. “Amo todos da mesma forma, desde o mais recente ao mais antigo”, completa o abnegado “síndico” do Cão-domínio.
Correio do Povo