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Sem acordo para quitar salários atrasados, trabalhadores do Hospital Porto Alegre mantêm greve

Decisão ocorreu após audiência no TRT4, nesta quarta-feira

Falta de dinheiro tem atrasado o pagamento dos 270 funcionários e de alguns fornecedores | Foto: Ricardo Giusti / CP Memória

Com três meses de salários atrasados, servidores do Hospital Porto Alegre (HPA) informaram nesta quarta-feira que vão manter a greve iniciada há um mês. A decisão foi anunciada após audiência virtual no Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região (TRT4), quando a defesa da direção da instituição - administrada pela Associação dos Funcionários Municipais (AFMPA) - propôs o pagamento de R$ 295 aos trabalhadores na sexta-feira.

O SindiSaúde-RS criticou o valor oferecido a técnicos em enfermagem, funcionários do administrativo, limpeza, nutrição e segurança, que compõem o grupo com salários atrasados, e a ausência de um cronograma com previsão para quitar a dívida com os trabalhadores. "Essa proposta é um tapa na nossa cara. Enquanto não tiver uma folha quitada não vamos voltar a trabalhar", afirma o secretário-geral da entidade, Julio Appel.

Sem acordo, Appel explica que uma nova audiência foi marcada para o dia 6 de julho, às 9h, para a direção do AFMPA apresentar um cronograma de pagamento. "Não é a primeira vez que isso acontece com o HPA", reforça. O desembargador do Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região (TRT4) Francisco Rossal de Araújo determinou que o hospital priorize o pagamento dos salários atrasados aos trabalhadores ao recebimento dos valores dos repasses devidos pelo Sistema Único de Saúde (SUS), de cerca de R$ 800 mil.

A defesa da AFMPA reconheceu que as dívidas do hospital totalizam R$ 532 mil em salários e assumiu o compromisso de quitar os valores assim que o governo federal repassar os valores devidos pelo SUS. A defesa da associação também informa que aguarda repasses da Prefeitura.

O secretário Mauro Sparta, no entanto, afirma que a Prefeitura não tem convênio com o hospital. "Durante o período mais agudo da pandemia, fizemos uma requisição de serviços, que foi em conjunto com a direção do hospital. Eles estavam quase fechando, estavam com dificuldades. Não temos contrato regular com eles", observa.

Conforme Sparta, o acordo com a Prefeitura era para atender pacientes do SUS em leitos clínicos e UTI. "Sempre pagamos regularmente, até começamos a pagar antecipadamente, porque sabíamos das dificuldades. Mas agora essa reunião (de mediação) nem estava sabendo", afirma.

Desde 2017, a instituição é administrada pela AFMPA, que assumiu o negócio em meio a uma rede de dívidas trabalhistas e dificuldade na manutenção dos atendimentos.

Felipe Samuel