O presidente do Sindisaúde, Arlindo Ritter, disse que a categoria não recebe salários há quatro meses e as condições são extremamente precárias, inclusive com a falta de itens báscios como material de higiene e medicamentos. “Os trabalhadores estão há 120 dias cumprindo o seu horário de trabalho e estão sem receber os seus vencimentos”, destacou. Segundo Ritter, tanto o sindidacto quando so funcionários não querem que o hospital quebre por causa de uma gestão incompetente.
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O presidente do Sindicato dos Enfermeiros do Rio Grande do Sul (Sergs), Estevão Finger, afirmou que os funcionários estão recebendo apenas o vale-transporte para trabalhar. Conforme Finger, outra questão delicada diz respeito ao fato de que o hospital possui 160 leitos e hoje apenas sete leitos (um de UTI) estão ocupados. “A ala do Sistema Único de Saúde (SUS) está completamente fechada”, ressaltou. O presidente do Sergs fendeu uma intervenção da prefeitura de Porto Alegre na instituição de saúde para que os leitos sejam 100% SUS.
No dia 21 de novembro, a Comissão de Saúde e Meio Ambiente (Cosmam) da Câmara de Vereadores de Porto Alegre realizará uma reunião para discutir a crise enfrentada pelo Hospital Beneficência Portuguesa (HBP). O encontro terá a presença de integrantes do Sindisaúde, do Sergs, da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) e da direção do hospital. Durante a visita da Comissão de Saúde da Câmara de Vereadores, realizada na semana passada, o diretor-geral do Hospital Beneficência Portuguesa, José Antônio Pereira, afirmou que a instituição de saúde está atuando no limite devido a falta de recursos financeiros e da demanda de pacientes. Ele informou aos vereadores que a administração do hospital terá uma reunião em Brasília com a direção da Caixa Econômica Federal para a solicitação de um financiamento. Segundo Pereira, com a entrada do empréstimo será priorizado o pagamento dos funcionários.
Cláudio Isaías