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Verão

Especial

Sementes de palmeira são disseminadas no Litoral Norte durante voos de asa delta

Objetivo é reforçar o reflorestamento de espécie em processo de extinção

Ação ocorreu no Morro da Borússia, em Osório | Foto: Dilton Castro / Divulgação / CP
Parte do Litoral Norte recebeu uma chuva diferenciada recentemente. Ao invés de água, a chuva foi de sementes de juçara. A ação, organizada pelo projeto Taramandahy, em que as sementes foram dispersas durante uma prática de voo livre. A iniciativa, realizada no final de semana, teve como objetivo reforçar o reflorestamento de espécie em processo de extinção nos limites da Área de Proteção Ambiental (Apa) no Morro da Borússia, em Osório. 

A chuva de sementes buscou chamar a atenção para a preservação da palmeira juçara - Euterpe edulis –  produtora do fruto conhecido como açaí da Mata Atlântica. Durante os voos de asa delta e paraglider, as sementes de juçara foram dispersadas.

Foto: Anaiara Ventura / Divulgação / CP

O presidente do Clube Anhangava de Voo Livre, Alan Pereira Alves, lembrou que a ideia surgiu há mais de 20 anos, junto com o atual assessor técnico do Projeto, Antônio Augusto Ungaretti Marques. Na época, a repercussão era grande do corte indiscriminado da palmeira para extração do palmito, o que gera o risco da árvore desaparecer.

Como alternativa ao corte do palmito, grupos ligados à Rede Juçara fazem seu manejo sustentável, por meio da coleta do fruto, também denominado açaí juçara, que pode ser processado e consumido na forma de polpas - base de sucos, sorvetes, bolos, molhos, entre outros e que possui mais vitaminas e ação antioxidante que o  açaí do Norte do país.

O Projeto Taramandahy – Fase III, realizado pela Anama e patrocinado pela Petrobras, por meio do Programa Petrobras  Socioambiental e Governo Federal, distribuiu 2 quilos de sementes de juçara em cada voo, num total de 46 kg de sementes. O assessor técnico do programa citou pesquisas que mostram que a quantidade e a forma como as  sementes são dispersadas possibilitam uma boa quantidade de novas  palmeiras vigorando, chegando a adultas reprodutivas. No decorrer do Projeto (que está na fase III), o evento contará com mais duas edições. A próxima será no verão 2018/2019, ainda sem data definida.

Mauren Xavier