Profissionais da Saúde do Pronto Atendimento Cruzeiro do Sul (PACS), que, por conta do momento da pandemia de coronavírus, há dias registra uma ocupação de mais de 300%, reuniram-se nesta sexta-feira em frente ao Paço Municipal, em Porto Alegre, para protestar em função das condições do local e pedir a nomeação do coordenador geral, eleito internamente há três semanas. De acordo com o Sindicato dos Municipários (Simpa), o Pronto Atendimento está há um ano e meio sem comando.
Os servidores, que pediam uma reunião com o prefeito Sebastião Melo, foram atendidos pelo chefe de gabinete André Coronel, que afirmou que ainda nesta sexta, o Executivo teria uma definição. Segundo o diretor geral do Simpa, João Ezequiel, o processo interno do Pronto Atendimento, que elegeu como coordenador o enfermeiro Armando Teixeira, foi solicitado e legitimado pela própria Secretaria Municipal de Saúde (SMS), que ainda pediu celeridade na eleição.
A falta de um coordenador geral, conforme Ezequiel, tem sido o centro central dos problemas do PACS. Ele explicou que, além do local estar muito acima da capacidade de lotação, com uma grande fila de espera, há uma grande defasagem de profissionais e até mesmo de equipamentos e itens básicos, como lençóis. “Estamos aqui em função da precarização do PACS, da falta da nomeação do coordenador geral e também de um surto de disseminação do coronavírus dentro do Pronto Atendimento, inclusive com uma morte”, afirmou.
Henrique Massaro